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Presidente da COP30 celebra consenso e elogia “fantástico acordo” sobre agenda da conferência

Embaixador André Corrêa do Lago destacou entendimento entre países que permitiu o início das negociações oficiais em Belém.

Presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago | Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
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O presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, comemorou nesta segunda-feira (10) o consenso alcançado entre os países sobre a agenda oficial da conferência do clima da ONU, realizada em Belém (PA). O acordo, definido na noite anterior, foi considerado essencial para o início formal das negociações.

“Quero agradecer às delegações pelo fantástico acordo que alcançaram ontem à noite. Esse entendimento permitirá que comecemos a trabalhar intensamente desde hoje e possamos explicar ao mundo por que esses temas adicionais realmente importam”, afirmou Corrêa do Lago em coletiva de imprensa.

Foto: Wagner Meier/Getty Images 

DIPLOMATAS AVANÇAM NA “BLUE ZONE”

Com a agenda aprovada, as discussões avançam agora na chamada “blue zone”, área restrita onde diplomatas de quase 200 países revisam, palavra por palavra, os textos dos acordos climáticos. Serão analisados mais de 100 documentos, envolvendo temas como financiamento climático, mitigação, adaptação e políticas de perdas e danos.

A aprovação da agenda é considerada um indicador do clima de cooperação no início da conferência. Para Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, o resultado foi positivo: “Começamos muito bem a COP em Belém, graças ao competentíssimo trabalho feito pela presidência brasileira.”

Segundo Unterstell, o Brasil demonstrou habilidade ao evitar impasses sobre financiamento climático e redução de emissões, que seguirão para consultas informais até quarta-feira (12).

EXPECTATIVA POR METAS E COMPROMISSOS

Os próximos dias serão decisivos para transformar o consenso político em compromissos concretos, especialmente em torno das metas nacionais de clima (NDCs) e do “mapa do caminho” da transição energética.

Chefes de Estado e Governo | Foto: Danilo Verpa/Folhapress

O secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini, destacou a necessidade de mais ambição: “Os discursos são bem-vindos, mas precisamos que isso vire compromisso formal, que os países que ainda não entregaram, entreguem, e que os que entregaram pouco, revejam e melhorem suas metas.”

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reforçou que não há como falar em “COP da implementação” sem garantir meios financeiros, humanos e tecnológicos. “Os países precisam assegurar recursos concretos para viabilizar as metas de redução de emissões e adaptação climática”, afirmou.

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