O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez nesta quarta-feira um mea culpa sobre as responsabilidades pela tragédia provocada pelas chuvas na cidade, mas criticou "picaretas de plantão" que incentivaram a ocupação irregular de terras e que hoje, após deslizamentos e mortes, não assumem suas responsabilidades.
Em "peregrinação" a Brasília em busca da liberação mais rápida de recursos federais, o prefeito afirmou que "sempre há" falhas do poder público, atualmente representado por ele próprio, no que diz respeito a projetos de urbanização e contenção de encostas.
"Sempre há (falhas). É um misto de falha com ineficiência do poder público. Isso faz que algo que já é impactante seja pior agora. Eu estou há um ano na prefeitura e quando tem ineficiência talvez (se perceba que) pudesse ter feito mais do que eu fiz. Não vamos apontar outros culpados. A responsabilidade é minha agora", disse após se reunir com a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra.
Conforme havia anunciado nesta terça, Paes destacou que o conjunto de obras emergenciais na cidade do Rio de Janeiro precisará de recursos federais da ordem de R$ 250 milhões. Deste valor, R$ 90 milhões já foram comprometidos pela própria Erenice após a confirmação dos primeiros estragos e mortes causadas pelas chuvas.
Casas populares
Com o compromisso do governo federal de ofertar 4 mil casas que fazem parte do programa Minha Casa, Minha Vida para a população desabrigada na cidade, o prefeito acredita que até o fim de semana parte das famílias que viviam no Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte da cidade, possam ser alocadas em Realengo, na zona oeste.