Preço dos remédios vai pesar ainda mais no bolso dos brasileiros

O aumento no valor de venda dos remédios, por estimativa da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), pode ser de até 4,46%

| Reprodução internet
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            Os gastos com a compra de medicamentos, uma das principais despesas para os cuidados com a saúde entre as famílias brasileiras, vai pesar ainda mais no bolso da população a partir de abril, quando os preços forem reajustados após definição da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos, por determinação da Lei 10.742/2003. O aumento no valor de venda dos remédios, por estimativa da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), pode ser de até 4,46%. “Infelizmente, o aumento vai agravar ainda mais a dificuldade de quem não consegue seguir o tratamento medicamentoso prescrito por um especialista por falta de condições em custeá-lo, e poderá gerar o mesmo problema para quem já o faz com algum sacrifício”, diz Luiz Monteiro, presidente da PBMA – Associação Brasileira das Empresas Operadoras de PBM.

            Estima-se que cerca de 50% das pessoas que iniciam um tratamento de saúde o abandonam por falta de acesso ao medicamento prescrito. “E de muitas que seguem, uma boa parte acaba se endividando por isso”, diz o presidente da entidade. É o que mostra uma pesquisa feita pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), publicada no ano passado. Os números divulgados apontaram que, em 2017, despesas não pagas relacionadas aos cuidados com a saúde colocaram 25,3% dos brasileiros na lista de negativados. E que o gasto médio mensal de quem faz uso de remédios contínuos ou periódicos é de R$ 138,32. “A interrupção do tratamento acaba gerando ainda mais despesas ao paciente, já que os problemas com a saúde se agravam e, invariavelmente, é necessário a realização de novos exames e até mesmo de novas internações”, completa Monteiro.

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