Moradores que vivem no entorno de algumas praças de Teresina reclamam do perigo gerado pela situação de abandono desses locais. Com muito mato, lixo e falta de iluminação, a população fica à mercê de assaltantes, que usam estes espaços como ponto de uso de drogas e prostituição.
A Praça Da Costa e Silva, localizada no centro da cidade, é um dos locais que é alvo de reclamações. Na praça, além de muita água acumulada, existe uma grande concentração de lixo.
Outro problema relatado por quem mora nas proximidades são os dependentes químicos e assaltantes que aproveitam o local para se esconder e ainda vender e usar drogas.
De acordo com o aposentado João Dias de Sousa, os usuários têm um ponto fixo, localizado em uma estrutura de concreto, que fica na parte mais alta da praça, para consumir e vender a droga.
“Eles sempre ficam neste local e rodeando por aqui, o que causa receio na gente, porque ficam só observando as casas, esperando qualquer vacilo para roubar”, reclama o aposentado, ao contar que, na semana passada, dois deles levaram duas bicicletas do terraço da casa de um dos seus vizinhos.
Outro morador, Franklin Fernandes Rodrigues, lembra do período em que casais e famílias frequentavam o local. Segundo ele, era comum, aos domingos, a praça estar cheia de visitantes.
“Hoje isso não acontece mais, as pessoas têm medo. Meu filho, Franklin Júnior, é praticante de Le Parkour e costuma se reunir com os amigos para praticar o esporte aqui, mas todos vêm com medo”, comenta.
A sugestão dos moradores é que se construa um posto da Polícia Militar dentro da praça e que a Prefeitura feche, todos os dias, os quatro portões que dão acesso ao local.
“Eles deveriam fechar isso tudo e ainda fechar essas piscinas, que só servem de moradia para os mosquitos da dengue. O ideal era tampá-las e construir quadras de esporte e academia de ginástica”, destaca João Dias de Sousa.
A mesma situação da Praça Da Costa e Silva pode ser vista na praça principal do Parque Mão Santa, zona Leste de Teresina. Segundo os moradores, há 2 meses, o local está sem iluminação e oferecendo perigo para quem passa por lá durante a noite. “Não tem segurança alguma e os assaltantes aproveitam que está tudo escuro para assaltar”, lamenta a comerciante Lídia Silva Santos.
De acordo com Isaú Araújo, gerente de serviços urbanos da SDU Centro/Norte, o problema da água na praça está relacionado com o período chuvoso.
Ele acrescentou que vai entrar em contato com o pessoal da gerência de obras da Superintendência para fazer uma visita ao local e ver o que pode ser feito para resolver o problema.
Sobre o lixo encontrado na praça, o gerente explicou que a limpeza é feita semanalmente. “Temos 49 homens espalhados no centro da cidade que são responsáveis pela limpeza.
Temos toda uma programação e todas as praças do centro estão inclusas nela”, colocou Esaú Araújo, ao ressaltar que a questão dos moradores de rua é um problema social.
Fotos: Kelson Fontinele