Poucas vendas estão relacionadas à falta de estrutura

Camelôs ainda reclamam da falta de clientes e dos problemas de estrutura existentes naquele espaço.

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Há mais de três meses no Calçadão Popular, os camelôs que vendiam seus produtos no centro da cidade ainda reclamam da falta de clientes e dos problemas de estrutura existentes naquele espaço.

Eles acreditam que as poucas vendas estão relacionadas com a precariedade das instalações a que estão submetidos. ?Com essa estrutura, nossas mercadorias perdem valor. As pessoas passam e nem param porque vem tudo feio desse jeito?, reclama a vendedora Maria de Nazaré, acrescentando que o sol também danifica os produtos.

Segundo ela, mais de 100 ambulantes já teriam desistido do espaço. Na praça de alimentação, poucas pessoas ainda resistem vendendo alguma comida. Para Fátima Lima, permanecer oferecendo mercadorias no galpão oferecido pela prefeitura é perder tempo. ?A gente considera que vendeu muito quando apura R$ 20,00?, declara a ambulante.

Os vendedores estão sugerindo que algumas linhas de ônibus passem pela rua Payssandu e Félix Pacheco. ?Isso ia trazer mais gente para cá e as pessoas passariam a conhecer o local?, analisa Maria de Nazaré.

O Calçadão Popular é administrado pelo Instituto de Negócios do Piauí. De acordo com o presidente Luis Antonio Veloso, os ambulantes encontram-se em uma situação melhor do que antes. ?De onde eles vem não existia banheiro, ficavam expostos ao sol, no meio da rua. Hoje isso é diferente. Mas também não temos recursos para fazer investimentos?, alega Veloso.

Ele acusa que há muita inadimplência, o que tem dificultado até a manutenção de serviços básicos como limpeza e segurança do local. Por outro lado, os ambulantes dizem que não podem pagar uma tarifa de R$ 63,00 com as vendas que conseguem fazer.

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