As novas mudanças nos modelos das bombas de combustíveis irão coibir possíveis fraudes no abastecimento e, consequentemente, melhoria no bolso do consumidor-vítima. De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), vinculado ao Ministério da Economia, só deverão ser aprovadas as bombas medidoras de combustíveis líquidos (gasolina, diesel e etanol) que tenham certificação digital.
Os fabricantes terão que se adequar à novidade. As mudanças irão começar a vigorar a partir de dezembro deste ano. A substituição será feita de forma gradual, em função do ano de fabricação da bomba, e terá o período máximo de 15 anos.
"Pensando em evitar algumas fraudes, o Inmetro resolveu mudar o sistema de bombas medidoras. Anteriormente, as bombas medidoras eram de forma mecânica, onde a medida de combustível e um display que favorecia ao consumidor, para que ele pudesse ter acesso ao que estava sendo abastecido, e com isso, nas fiscalizações eram descobertas algumas fraudes. E quem fazia ou faz isso é penalizado", comenta Maycon Danilo, diretor do Instituto de Metrologia do Estado do Piauí (Imepi).
Ele diz ainda que com o passar dos anos, as bombas foram se modernizando e chegaram as bombas eletrônicas, mas mesmo assim, as fraudes começaram a crescer de uma forma que dificultou a fiscalização do Inmetro. Para o órgão, à medida em que as bombas forem substituídas, haverá mais procura por esses equipamentos pelos consumidores.
As novas bombas com certificação digital, vão se "comunicar' com o consumidor via aplicativo no celular. A pessoa abastece e já tem em seu celular, o indicativo da bomba. Maycon Danilo acredita que as bombas digitais serão, praticamente, impossíveis de serem fraudadas.
"Vamos supor que a pessoa está pagando 20 litros de combustível. Hora, se você paga por esses litros, você tem que receber os mesmos vinte litros de combustível. Dessa forma o consumidor vai ter oportunidade de acompanhar aquela bomba através do aplicativo de celular", observou Maycon Danilo.