É possível. Mas trata-se de uma conversão primária, sem o mínimo de engenharia, que coloca o veículo em uma condição totalmente diferente de um carro flex de fábrica. O chip da central eletrônica do motor é substituído por outro para rodar com etanol. A alteração muda basicamente as curvas de avanço de ignição e aumenta o tempo de injeção, enquanto o carro flex, de fábrica, traz uma série de mudanças mecânicas. O rendimento do carro com chip (consumo e potência) é muito inferior ao carro flex, o nível de emissão de poluentes pode ser maior e os prejuízos ao consumidor, também.
O motor a gasolina tem características distintas do propulsor flex. A taxa de compressão e a temperatura do sistema de arrefecimento são diferentes. Além disso, diversos componentes do carro flex são adaptados para enfrentar o poder corrosivo do álcool - muito maior que o da gasolina -, como bomba de combustível, filtro, bicos injetores e materiais dos pistões.