Gratuito, o serviço de atendimento da Polícia Militar no Piauí (190) é alvo de reclamações rotineiras da população, em algumas ocasiões, a ligação não é concluída, impondo riscos e um sentimento de insegurança. Na última semana, um assalto na Rua Goiás, na capital, expôs esse problema para dezenas de jovens de uma instituição de ensino, onde foram realizadas inúmeras tentativas para acionar as autoridades, contudo, os esforços foram em vão.
Revoltado, o estudante Léo Soares detalha como o crime aconteceu. “Tem um vendedor de batata frita que sempre atuou aqui na porta da escola, já faz uns doze anos, de repente um homem chegou com o pretexto de comprar e levou o celular dele, começando imediatamente a acusá-lo de coisas absurdas”, relata. O jovem ainda aponta que os assaltos na região são constantes, destacando a importância da atenção policial em toda a cidade. “Esse bandido começou a agredir a vítima, eu e meus amigos chegamos aqui e tentamos ligar para o 190, só no meu caso foram umas sete tentativas sem sucesso, ou dava desligado, ou não atendiam. Isso é comum e precisa mudar”, complementa.
Segundo o coronel Renato Alves, são cerca de 60 profissionais responsáveis pelo serviço. “Obviamente esse número abrange todos os turnos”, explica. Segundo o relações públicas da PM a demanda oscila bastante e nos finais de semana o número de ocorrências tende a aumentar. “Há dias que são 300 ligações, em outros chegam a 500, variam muito, fora que esse atendimento abrange uma gama muito grande, recebe até mesmo pedido de informações”, declara.
Para ele, as melhorias nesse quesito só seriam viáveis através de uma reestruturação no sistema como um todo.
“Seria necessário ampliar, existe um déficit, mas temos que lidar com o que temos no momento”, complementa.
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