População sofre com aumento de queimadas na zona Sul de Teresina

Existem pontos onde elas acontecem com mais frequência

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Quando chega o segundo semestre do ano, é comum perceber o aumento de queimadas em Teresina, ocasionadas principalmente pelas altas temperaturas. Na zona Sul, existem pontos onde elas acontecem com mais frequência, a exemplo da BR-343, que possui queimadas constantes, o que dificulta a vida de muita gente.

A exemplo de Ana Maria da Conceição, moradora da Rua Francisco Alves. “De vez em quando a gente vê queimadas na BR-343. Como tenho problema de sinusite, atrapalha muito”, explica a moradora.

Já para Mariana Lenara, bióloga residente do Torquato Neto, o problema é a falta de conversação entre os órgãos públicos. “Percebo que as pessoas acham que essa é a medida mais correta”, declara.

Para Mariana, é preciso pensar de forma universal. “As pessoas não pensam nas consequências disso. Pois o mundo inteiro sabe que essa atitude contribui para a emissão de gás carbônico. Nós temos que pensar de modo global.

Essas pessoas fazem uso de qualquer produto inflamável”, explica a moradora.

Parceria entre órgãos é necessária

Outra questão levantada por Mariana é a promoção da parceria entre órgãos, para que os terrenos baldios onde existem as queimadas sejam melhor aproveitados. “Essas regiões que são queimadas poderiam ser usadas para a construção de praças, escolas e áreas de lazer. Mas também é importante manter a área verde. Eles precisam de plantas arbóreas, arbustivas, poderiam fazer uma horta que gerasse renda ou consumo para a população daquele lugar. Deve haver uma parceria entre a prefeitura e outros órgãos para implementar essas ações”, comenta.

Nessas situações, os mais prejudicados são crianças e idosos, segundo a moradora. “Muitas vezes, percebemos que eles acham que essa é a medida mais correta. Tem muita criança na região, idosos e eles são os que mais sofrem. A prefeitura podia chamar estudantes universitários para palestrar, ou para fazer encartes informativos com propagandas veiculadas na TV e no Rádio. Desta forma, a população poderia fazer um melhor uso destas áreas”, avalia.

“Eles são feitos de forma irresponsável e sem controle, porque usam qualquer produto inflamável, e acredito que muitas vezes a PMT nem sabe que esse mato existe”, continua a bióloga.

Áreas privadas são as mais afetadas pelas queimadas

Para a Superintendência de Desenvolvimento Urbano da zona Sul (SDU/Sul), são as áreas particulares que são as mais afetadas pelas queimadas. “Naquela região tem muita área privada, então são as próprias pessoas que provocam o fogo. As áreas da prefeitura estão sendo podadas de maneira correta”, garante Renato Lopes, gerente de Serviços Urbanos.

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Semduh) também reforça as ações da prefeitura e garantiu 19 PRR em toda a capital.

O Corpo de Bombeiros também mostra serviço. De acordo com o coronel Kleber Soares, o tempo seco e maus hábitos contribuem para o aparecimento de focos de incêndio. “As pessoas continuam com os maus hábitos de jogar bitucas de cigarro na estrada. O fogo se alastra desse jeito”, considera o bombeiro.

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