Com a diminuição das chuvas em Teresina, os aguapés do rio Poti, que haviam diminuído, voltaram a aumentar novamente. Com isso, alguns trechos do rio voltaram a ficar quase que totalmente cobertos pelas plantas aquáticas.
Outras espécies também se somam aos aguapés, preocupando as autoridades em meio ambiente.
O capim maneco, a canarana e o calumbi, segundo o ambientalista Renato da Silva, também são responsáveis por cobrir as águas do rio Poti. ?Agora a situação voltou a se agravar devido ao inverno que acabou indo embora mais cedo. A vazão de água diminuiu muito e contribui, junto com a poluição, para que isso aconteça?, disse.
Muito já se falou sobre a retirada dessas plantas do rio, mas nenhuma técnica, segundo o ambientalista, será eficaz, caso a poluição persista no rio.
?Não adianta mandar o ser humano tirar os aguapés. Primeiro, se alguém chegar perto deles, corre um grande risco de ficar doente, devido à poluição e os inúmeros fungos que existem neles.
Segundo, por mais que se retirem os aguapés, eles sempre voltarão, pois o local vai continuar poluído. A saída é despoluir o rio?, alertou.
Para ele, o certo é que se pense um projeto que seja capaz de pegar o esgoto, antes de cair no rio, tratando-o em uma estação de tratamento e só depois o deixe chegar ao Poti. Para isso, segundo o ambientalista, é necessário que todos os poderes estejam envolvidos nessa luta, inclusive a sociedade.
?Nós precisamos agir logo porque já tem muito tempo que o rio pede socorro. Além de demonstrar a poluição das águas, os aguapés também acabarão matando os peixes por impedir a chegada do oxigênio?, afirmou.
Recentemente o assessor jurídico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam), Paulo Roberto Formiga, disse ao jornal Meio Norte que a secretaria vai iniciar os trabalhos de despoluição do rio, aumentando a fiscalização junto às residências que não são atendidas por esgoto sanitário, para que seus resíduos não sejam descartados de qualquer forma e acabem chegando ao rio. Além disso, uma campanha deverá ser iniciada para a conscientização da população.