O dia 2 de abril é o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Em Teresina, os motivos para comemorar ainda são poucos e a data acaba se transformando em mais um dia de luta pelos direitos das pessoas com autismo no Estado.
Segundo a diretora da Associação de Amigos dos Autistas do Piauí (AMA), Rosália Sousa, ainda há uma necessidade de políticas públicas, sobretudo no campo da saúde e educação.
Hoje, as pessoas com autismo no Piauí ainda são atendidas no SUS junto com os demais pacientes e acabam esperando muito por uma consulta médica ou realização de exames. Para Rosália, o ideal seria que essas pessoas pudessem ter um tratamento diferenciado nos hospitais de todo o Estado. ?Hoje as pessoas com autismo chegam a esperar até três meses por uma consulta com um profissional especialista para atender o seu caso. Ele fica na fila de espera como qualquer outra pessoa, que não tem esse problema?, lamentou.
Já na educação, muitas crianças ainda têm dificuldade de ficar na escola, pois falta acompanhamento de um profissional a eles. A Secretaria de Educação já possui um programa de acompanhamento a crianças especiais nas escolas, mas nem sempre há profissionais suficientes para acompanhar todos os que precisam. ?Existem os casos que estão dando certo, mas em outros, muitas vezes as mães precisam ficar na escola com os filhos, para que eles não tenham que ficar longe da sala de aula?, disse.
No que se refere a avanços no tratamento, a fonoaudióloga Erika Linard destaca o método canadense de tratamento integrado, que já chegou ao Piauí. ?Esse é um método inovador. Nós já fazemos isso há quatro anos e já percebemos muitos avanços nas pessoas que recebem esse tratamento?, disse. Ela explica que esse tratamento é feito por uma fonoaudióloga e uma psicóloga.