A soldada da Polícia Militar do estado do Maranhão, Tatiane Alves, recebe voz de prisão ao se recusar a fazer hora extra por precisar amamentar o filho. Foi no dia 05 de setembro, durante um evento no Centro Histórico de São Luís.
Tatiane que é policial militar e trabalha na corporação tem um filho de dois anos que ainda mama no peito. Durante o evento, ela havia cumprido seis horas de trabalho em pé, e sem pausa para alimentação. Mesmo já tendo cumprido o horário recebeu uma ordem de um superior para continuar trabalhando.
Situação
Sem condições físicas pois não havia se alimentado até aquele momento, ela foi até o seu comandante imediato e explicou a situação, mas não foi ouvida.
“Fui conduzida por desobediência, onde só fui solta com o alvará de soltura. E também me surpreendeu porque, junto com o alvará, veio um ofício solicitando a minha transferência do batalhão, infelizmente”, afirmou.
Transferência
Tatiane trabalhava na cidade de Imperatriz, no interior do Maranhão, e foi transferida para São Luís depois de divulgar episódios de assédio sexual dentro da Polícia Militar. Na época, ela gravou um vídeo para as redes sociais.
A Comissão de Direito Militar da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA) cobrou providências do comando da PM.
“Entendemos sim que houve uma falta de bom senso do oficial em relação a militar, haja vista que ela cumpriu a sua escala de serviço de 6h. Então não havia a necessidade de expor ainda mais, se falando de uma mulher, mãe, e precisava amamentar a criança. Tudo era uma questão de conversa, de bom senso”, afirmou Ana Carina Saraiva, presidente da Comissão.