Policiais do Grupo Tático Prisional (GTP) foram acionados pela Secretária de Justiça do Piauí, para reforçar a segurança da Penitenciária José de Arimatéia Barbosa Leite, localizada no município de Campo Maior, a 80 km de Teresina, após alguns policiais penais serem infectados pela Covid-19 e terem que se afastar as atividades, causando uma baixa considerável no efetivo da unidade prisional.
Ao meionorte.com, o diretor da penitenciária, policial penal Hemorgem Melo Paz contou que nos últimos três dias a unidade prisional teve uma baixa significativa no efetivo, devido ao novo coronavírus, e para garantir a segurança do local solicitou o apoio da equipe especializada. Ele também garantiu que até o momento nenhum detento está infectado pelo vírus.
"A Penitenciária José de Arimatéia Barbosa Leite nos últimos meses tem enfrentado a questão do coronavírus e para gente fazer esse combate e enfrentar tivemos que fazer suspensões de atividades rotineiras e até mesmo atividades de videoconferência foram suspensas. Neste exato momento estamos com zero casos relacionados a presos com Covid-19. O que acontece é que nos últimos três dias alguns policiais penais foram contaminados por esse vírus e tivemos uma defasagem específica em alguns plantões, tivemos uma baixa considerável no efetivo e para solucionar esse caso a gente conta com apoio de um grupo especializado composto exclusivamente por policiais penais, que entre suas atribuições está agir em momentos de crises. O grupo chama-se Grupo Tático Prisional - GTP, sempre que é solicitado esse grupo vai está na unidade prisional de Campo Maior e em qualquer outra unidade”, declarou o diretor.
O GTP é um grupo responsável por prestar auxílio e apoio nas unidades prisionais do estado em momentos de crise, principalmente na implementação de novos procedimentos e rotinas carcerárias. Este grupo composto exclusivamente por Policiais Penais têm larga experiência em missões dentro do Piauí e em outros estados do país. O GTP já foi convocado pela Força de Intervenção Penitenciária, que é vinculada ao Ministério da Justiça, para atuar nos presídios do Ceará e do Pará.
Ainda de acordo com o diretor da Penitenciária Regional de Campo Maior, desde o início da pandemia do novo coronavírus, a unidade prisional contou com mais de 100 casos de presos infectados pelo vírus, mas nenhum deles necessitou de acompanhamento médico ou chegou a morrer em decorrência da Covid-19 no local.
“E sobre a população carcerária, do ano passado, desde o início da pandemia até aqui, temos mais de 100 casos de presos em sua rotatividade, ressaltando que nenhum desses presos foi necessário ir para o hospital ou que veio a falecer no âmbito da Penitenciária Regional de Campo Maior", disse Hemorgem Melo Paz.