Em assembleia na terça-feira (21), os policiais civis do Piauí votaram contra a nova proposta do Governo do Estado para o reajuste salarial da categoria, que prevê reajuste de 90% dividido em oito parcelas ao longo de quatro anos.
Nesse caso, os policiais continuam a operação Polícia Legal, que está em execução desde o dia 9 de abril, na qual cumprem apenas a função que lhes está determinada em lei.
De acordo com o presidente do Sinpolpi, Cristiano Ribeiro, a última proposta que tinha sido oferecida pelo Governo do Estado foi de 85% em quatro anos. "Mas temos um posicionamento de que o espaço temporal deveria ser de três anos", coloca.
Agora, a categoria apresentou uma contraproposta para que, até 2015, o salário do servidor em fim de carreira seja equivalente a 60% do valor do salário de um delegado.
"Na verdade, o que temos buscado é uma correção da distorção com o salário do delegado. E foi isso que a categoria aprovou na assembleia: queremos algo equivalente a 60% do que ganha um delegado de polícia", coloca o presidente. Os policiais vão manter o movimento Polícia Legal.
Segundo Cristiano, a Justiça deliberou por ilegalidade da greve, mas a categoria não está em um movimento grevista. Os policiais estão nos plantões atendendo à lei. O movimento é em prol da sociedade para servir bem a sociedade.
"Não estamos em greve, mas queremos que o Estado ofereça as condições mínimas para que possamos trabalhar.
Hoje as condições estão péssimas, falta munição, armas, cursos de qualificação e outra série de coisas", acrescenta o presidente.
A categoria quer atrelar seu salário ao vencimento dos delegados de polícia. "O que reivindicamos é um aumento equivalente a 45% em relação ao delegado para o servidor no final de carreira de 30 anos.
Este percentual fica aquém do que queremos. Atualmente, esse valor corresponde a 25% e com esse reajuste passa para 34%. Ainda é uma distorção muito grande", avaliou Cristiano.