A Polícia Civil tenta identificar o responsável por enviar um frasco com 25g de cianeto de potássio ao executivo Rodrigo Medea Cursi, de 32 anos, que morreu ao ingerir a substância diluída em um suco, em Praia Grande, no litoral de São Paulo. O produto, que tem a venda proibida em todo o mundo e chegou a ser usado pelo exército nazista durante a 2ª Guerra Mundial, foi comprado pela plataforma Mercado Livre.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Polícia Militar foram mobilizadas até a casa de Cursi, depois que ele foi encontrado por familiares caído no chão do quarto. Ele foi socorrido ainda com vida ao hospital, mas não resistiu. Na cômoda dele, estava o frasco do produto.
A polícia não tem dúvidas de que Rodrigo, que exercia cargo de chefia na Caixa Econômica Federal, cometeu suicídio. Familiares disseram oficialmente que o rapaz estava afastado do trabalho, por estar com depressão, e que também passava por acompanhamento psiquiátrico. Entretanto, o trabalho está focado em identificar o real remetente da encomenda.
Um pacote do Mercado Livre foi encontrado ao lado da embalagem da substância e de um copo de suco. Tudo foi apreendido para que possa ser utilizado nas investigações. A perícia trabalha para verificar se, de fato, havia cianeto de potássio no frasco, cujo rótulo alerta sobre os riscos de ingestão.
A Polícia Civil informou que, agora, trabalha para verificar se quem enviou é a mesma pessoa que aparece como remetente na embalagem, e para saber quais foram as circunstâncias da compra e venda do produto, que tem comercialização restrita. O inquérito está instaurado para dar seguimento à investigação.
Em nota, o Mercado Livre lamentou o ocorrido. A plataforma afirmou que entrou em contato com as autoridades responsáveis pelo caso para o fornecimento de dados cadastrais. O Mercado Livre disse, também, que o cianeto de potássio não pode ser comercializado no site. O anúncio foi removido e o usuário bloqueado.