A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta quarta-feira (20) um homem apontado pela investigação como um dos principais chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa paulista que age dentro e fora das cadeias do país e atua em outros países da América do Sul.
Segundo policiais civis, Walter Caires dos Santos, o Keno ou Pigmeu, era o ‘ponteiro’ do Primeiro Comando da Capital. Esta função, de acordo com o Denarc, envolve decidir sobre o envio de armas e dinheiro para integrantes de organizações criminosas parceiras do PCC em outros estados.
Walter ainda era incumbido de transmitir aos integrantes do PCC, nas ruas, as ordens de ataques a agentes públicos e de assassinato decididas dentro das prisões pela cúpula da facção.
Ele foi preso num apartamento de alto padrão em Mongaguá, no litoral paulista durante a Operação Protocola Fantasma, que também cumpre mandados de prisão e busca e apreensão na capital paulista, no interior do estado, e nos estados do Paraná, Pernambuco, Tocantins e Mato Grosso do Sul.
Transferência
Há uma semana, os governos federal e de São Paulo transferiram Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, apontado como chefe do PCC e mais 21 integrantes da facção para presídios federais. Os presos estavam na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau e em Presidente Bernardes, no interior paulista, e foram levados para presídios federais em Brasília, Mossoró (Rio Grande do Norte) e Porto Velho (Rondônia).
O promotor Lincoln Gakiya, responsável por pedir à Justiça de São Paulo a transferência de 22 líderes do PCC disse na última quinta-feira (14) que a remoção isolou o primeiro e o segundo escalões da facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios, com ramificações internacionais.