A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) vai investigar se o caso de uma jovem de 25 anos, que caiu no último sábado do segundo andar de um prédio na Rua de Santana, no Centro do Rio, teria ligação com o jogo Baleia Azul.
De acordo com uma testemunha, a jovem teria ficado sentada no parapeito da janela antes de despencar. Uma das tarefas do desafio é ir para um telhado e sentar-se na borda com as pernas penduradas.
A jovem, que seria de Goiás, foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, também no Centro. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, seu estado de saúde é estável.
Segundo a delegada Fernanda Fernandes, da DRCI, será encaminhado um ofício para secretaria de saúde para obter informações sobre o caso. “Neste momento, temos que ficar atentos a todos os casos”, afirma a delegada.
Hoje, a delegacia vai começar a investigar 101 denúncias que dão conta de possíveis envolvimentos de adolescentes com o Baleia Azul no Rio. O jogo que conta com 50 desafios e estimula o suicídio do jogador. Em alguns casos, as denúncias apontam que aliciadores utilizam telefones de outros estados como Rio Grande do Sul e Pernambuco para fazer contato com os jovens nas redes sociais.
As informações foram recebidas pelo Disque-Denúncia (2253-1177) e repassadas à delegacia especializada. Todo o material passará por uma triagem para saber se o conteúdo é verdadeiro ou não.
Até agora, dois casos foram confirmados pela Polícia Civil. Duas adolescentes de 14 e 15 anos, uma moradora do interior do Rio e outra na Zona Oeste da capital , foram mesmo cooptadas por curadores. Elas contaram, em depoimento, que buscaram informações em redes sociais.
Um terceiro caso, de um adolescente autista de 13 anos, que chegou à escola com cortes nos braços, foi informado pela Secretaria municipal de Duque de Caxias. No entanto, ainda não foi notificado oficialmente para DRCI.