A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes por agentes da Scotland Yard foi resultado de "erros fundamentais" da pol?cia. A afirma??o foi feita pela promotoria brit?nica, ap?s a abertura nesta segunda-feira (1) em um tribunal de Londres do julgamento contra a Pol?cia Metropolitana.
"Esta morte poderia ter sido evitada", afirmou ao j?ri a advogada da promotoria, Clare Montgomery QC, que acusou a Pol?cia Metropolitana de n?o ter garantido a seguran?a do brasileiro, que foi baleado por policiais ao ser confundido com o terrorista et?ope Osman Hussein, em 22 de julho de 2005.
Jean Charles recebeu sete tiros na cabe?a na esta??o de metr? de Stockwell (zona sul de Londres), um dia depois dos atentados frustrados contra a rede de transportes londrina, que foram registrados duas semanas ap?s os ataques terroristas que mataram 52 pessoas e deixaram centenas de feridos em 7 de julho de 2005.
"A morte foi resultado de erros fundamentais da pol?cia, que n?o implementou a opera??o planejada de maneira segura e razo?vel", acrescentou a advogada, antes de acusar a Scotland Yard de violar as normas de sa?de e seguran?a, j? que n?o executou a opera??o antiterrorista no metr? Stockwell sem expor a perigo o p?blico, incluindo Jean Charles.
O julgamento no tribunal Old Bailey teve in?cio depois que os seis homens e seis mulheres selecionados como membros do j?ri prestaram juramento.
Os familiares de Jean Charles de Menezes criticaram novamente nesta segunda-feira, antes da abertura do julgamento, a decis?o da justi?a brit?nica de n?o processar individualmente os 15 policiais envolvidos na morte por falta de provas.
Mesmo se for considerada culpada, a Scotland Yard deve ser no m?ximo condenada a pagar uma multa.
A previs?o ? de que o julgamento contra a Scotland Yard, a ser realizado no tribunal criminal de Londres, conhecido como Old Bailey, dure um m?s e meio.