A estudante de jornalismo Patrícia Lelis, 22 anos, que acusou o Pastor Marco Feliciano de assédio sexual, foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por denunciação caluniosa e extorsão. Ela disse que o chefe de gabinete do deputado, Talma Bauer, a teria sequestrado e a teria obrigado a gravar vídeos negado ter sofrido assédio. O assessor chegou a ser preso para averiguação.
O caso é independente à acusação que a jovem faz contra Feliciano por estupro qualificado e agressão, que corre em Brasília porque o parlamentar tem foro privilegiado. Patrícia Lelis foi à Procuradoria Especial da Mulher no Senado para fazer denúncias de abuso sexual contra o deputado Marco Feliciano .
O delegado titular da 3ª DP de São Paulo e responsável pelo caso, Luís Roberto Hellmeister, disse que, ao final do inquérito, vai pedir a prisão preventiva da jovem. “Ao término do inquérito, vou pedir a preventiva dela”, disse. Os advogados de defesa pediram cinco dias para Patrícia fazer aditamento do depoimento que prestou no último dia 5. Na ocasião, Patrícia afirmou à polícia que estava sendo mantida sob coação e ameaça de Bauer porque pretendia denunciar Feliciano por estupro qualificado e agressão.
No primeiro momento, Hellmeister chegou a cogitar a prisão temporária do assessor de Feliciano, mas voltou atrás quando passou a ouvir novas testemunhas e obter provas que descaracterizavam a situação de sequestro. Entre elas, está um vídeo em que Patrícia e o assessor de Feliciano aparecem negociando o silêncio da jovem.
Ontem, o delegado ouviu duas novas testemunhas, entre elas o ex-namorado de Patrícia, Rodrigo Simonsen. Ele afirmou à polícia que, entre 30 de julho e 5 de agosto, período em que ela esteve em São Paulo, dormiu quatro noites com ela em um hotel no centro de São Paulo. “Ele disse que nestes quatro dias não encontrou Bauer”, disse o delegado.