Nesta quarta-feira (17/10), a Polícia Civil identificou e deteve dois suspeitos, de 29 e 34 anos, de terem pichado suásticas nazistas na capela de São Pedro da Serra, distrito de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Um terceiro suspeito fugiu da abordagem e depois se apresentou na delegacia com um advogado. Eles prestaram depoimento e foram liberados.
A polícia chegou até o grupo após ver as imagens de câmeras de segurança do local. O vídeo que a polícia teve acesso também mostra os homens pichando em outros muros e calçadas próximos à capela frases contrárias ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL).
O crime aconteceu na madrugada de domingo (14) e as pichações na fachada da igreja foram removidas nesta quarta (17).
A linha de investigação trata o crime como preconceito, conforme a Lei 7716/89. A Polícia Civil informou que as investigações continuam e estão sendo colhidos depoimentos e novas imagens de câmeras de segurança. A pena para este tipo de crime é de 2 a 5 anos de reclusão.
Os moradores ajudaram na identificação dos suspeitos e, de acordo a Polícia Civil, informaram que há uma "polarização em torno da campanha presidencial" no distrito e que os pichadores resolveram desenhar os símbolos nazistas por causa de convicções políticas.
O terceiro suspeito, de 24 anos, que chegou a fugir e depois se apresentou na 151ª DP, já possui uma anotação criminal por desobediência.
Na casa do suspeito de 29 anos foi encontrada um pequena quantidade de maconha e ele também foi autuado por posse e uso de entorpecente.
A capela de São Pedro da Serra é a mais antiga da cidade com 150 anos. No local, existe um sino de bronze doado pelo Imperador Dom Pedro II.