A Delegacia de Repressão contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) encontrou durante operação em um estúdio na Zona Sul do Rio um relatório com 30 versões de músicas nunca lançadas oficialmente do cantor Renato Russo, que morreu em 1996. Durante a ação, foram apreendidos CDs, HDs e uma torre de computador.
O material estava em equipamentos do dono do estúdio de gravação, que fica em Botafogo, na Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, o estúdio prestou serviços para uma gravadora. Renato, que morreu em 1996, também teria utilizado o estúdio durante seus últimos anos de vida.
A operação aconteceu a partir de um registro de ocorrência feito por Giuliano Manfredini, filho de Renato e detentor dos direitos autorais de parte de sua obra.
Segundo o delegado responsável pelo caso, na análise do material apreendido, os agentes encontraram 30 versões nunca lançadas oficialmente e tentam encontrar um possível repertório inédito de autoria de Renato. Entre as músicas estão versões de canções da Legião Urbana e algumas desconhecidas dos agentes, que podem ser inéditas.
A investigação começou há um ano. A operação foi batizada de "Será?", uma das composições do artista. Um advogado do dono do estúdio esteve na Cidade da Polícia, à tarde, e agendou seu depoimento para quinta-feira.
“O cumprimento do mandado de busca e apreensões foi altamente produtivo e conseguimos provas robustas, que em breve vão ajudar a esclarecer toda a verdade sobre o que estava acontecendo. Tem pelo menos trinta músicas em versões inéditas”, afirmou o delegado Mauricio Demétrio, titular da DRCPIM.
“Foi feito um serviço, a pedido de uma gravadora, e há menções de canções e versões de canções inéditas. E a gente tem que confrontar dono do direito autoral, que é o filho do Renato Russo, para ver se ele tinha conhecimento desse material que está no caixa-forte de uma gravadora”, acrescentou o delegado, à tarde.