As raves est?o proibidas em Santa Catarina. A descoberta da distribui??o de "vales ecstasy" na internet mediante a compra de ingressos para as festas fez com que a c?pula da pol?cia enviasse para as 293 cidades do Estado determina??o de n?o emitir nenhuma autoriza??o para o tipo de evento.
Para a pol?cia, a medida tem como objetivo coibir o aumento do consumo da droga sint?tica. A apreens?o de ecstasy no pa?s pela Pol?cia Federal cresceu 725% neste ano em rela??o a 2006. Santa Catarina s? perde para S?o Paulo em n?mero de comprimidos apreendidos: 35 mil at? outubro.
Segundo o delegado-geral da Pol?cia Civil, Maur?cio Eskudlark, a explos?o das apreens?es est? relacionada ao consumo crescente e, como as festas s?o realizadas em lugares isolados, ? dif?cil combater o uso de drogas pelos participantes.
"O setor de intelig?ncia constatou que, em algumas raves, os organizadores incentivavam e distribu?am ecstasy, dando direito a um comprimido no ato da compra do ingresso", afirma o delegado. ? o chamado "vale ecstasy".
"Ningu?m quer impedir a m?sica eletr?nica, desde que seja em um ambiente fechado e de f?cil vistoria e fiscaliza??o. N?o ser?o permitidas festas no meio de mato, em fazenda, com grande n?mero de jovens, colocando em risco a sa?de deles."
Outro objetivo do comunicado, enviado por e-mail a todos os delegados, ? evitar problemas ocasionados pela falta de seguran?a nos locais. Um jovem de 17 anos morreu em Itabora? (45 km do Rio) no m?s passado em uma rave que pode durar 24 horas.
Segundo Eskudlark, o rigor ? necess?rio, apesar de j? haver uma portaria do governo disciplinando festas ao ar livre. Ela prev? o cumprimento de 12 determina?es para a promo??o de eventos, como atestado do Corpo de Bombeiros e exist?ncia de pronto-socorro no local, al?m da especifica??o do tipo de evento, do endere?o e do n?mero m?ximo de pessoas que a ?rea comporta.
Segundo ele, n?o s? haver? um rigor maior na autoriza??o de eventos em lugares abertos como policiais ser?o enviados para verificar se n?o se trata de uma rave.
S?o realizadas cerca de seis festas do tipo por m?s no Estado. Ele diz que seus organizadores "burlam" a legisla??o para conseguir a licen?a. Em Santa Catarina, ? a Pol?cia Civil quem concede autoriza??o para essas festas ao ar livre. Cada delegacia de cidade tem de declarar n?o haver restri?es para a que o evento aconte?a.
"Vai aumentar o crit?rio de se observar o local do evento e a que ele se destina. Por via das d?vidas, ser? destacada ainda uma equipe para acompanh?-lo. Se n?o corresponder ao pedido, interdita e fecha." A proibi??o j? ? criticada por adeptos das festas. Na comunidade "Calend?rios das raves de SC" no Orkut, da qual participam 770 pessoas, um abaixo-assinado foi proposto por um dos usu?rios.
"Pelo mesmo pensamento que, se fecharmos as raves, acabaremos com o uso de drogas, devemos fechar todos os est?dios de futebol para que n?o ocorram mais brigas entre as torcidas", afirma um trecho do documento.