RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - A Polícia Civil de Minas Gerais vai abrir inquérito para investigar as circunstâncias do acidente que deixou dois mortos neste sábado (18), em Capitólio (MG).
As vítimas, identificadas como Lauro Xavier Berbel Júnior, 62, e Izamara Pereira Messias, 22, não conseguiram sair da água após a chalana onde estavam ter virado, no Lago de Furnas, na região conhecida como Cachoeirinha.
O delegado da Polícia Civil Marcos Pimenta informou que as investigações serão conduzidas pela delegacia da cidade de Piumhi, em paralelo a apurações que serão realizadas pela Marinha.
"Num primeiro momento, o foco foi na identificação das vítimas e liberação dos corpos para os familiares. Na segunda etapa, será averiguado se houve responsabilidades", afirmou.
De acordo com informações da Ameg (Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande), a embarcação tombou durante o resgate a passageiros que estavam numa lancha à deriva.
A chalana, com dez passageiros, foi ao encontro da lancha, com 14 pessoas, que apresentou problemas mecânicos, quando houve o acidente.
A embarcação não resistiu ao peso dos passageiros que estavam sendo transferidos e virou. As duas vítimas não conseguiram sair da água. Todos os outros foram resgatados, apenas com ferimentos leves.
O prefeito de Capitólio, Cristiano Silva, e integrantes da Secretaria Municipal de Saúde se deslocaram para a região onde prestaram auxílio às vítimas e acompanharam os trabalhos dos bombeiros, da Marinha e da Perícia Técnica da Polícia Civil.
"Nosso respeito às famílias enlutadas neste acidente. Temos trabalhado constantemente para aumentar a segurança na região. Todas as embarcações são obrigadas a fornecer coletes salva-vidas em número suficiente para todos os passageiros e tripulação", afirmou o prefeito.
O acidente ocorre pouco mais de cinco meses após a tragédia que deixou dez mortos, em janeiro, em decorrência da queda de um cânion em Capitólio.
Em março, a Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito do caso e anunciou que não houve indiciamentos. Estudos técnicos apontaram que a queda do bloco de rocha no Lago de Furnas se deu como desdobramento de eventos naturais, sem influência da ação humana.