O policial militar de Cuiabá Rosicley Pereira dos Santos, de 33 anos, afirmou que a única forma encontrada para tentar salvar uma criança de dois anos de idade do ataque de pit bulls foi atirando contra os cães.
Santos estava à paisana e foi quem invadiu a residência da menina no bairro Jardim Universitário, na capital, no momento em que ela era atacada por quatro cães.
“Eu ouvi os gritos quando passava pela rua e, ao entrar na casa, vi os cachorros mordendo a criança. Eu só pensei em salvá-la”, contou em entrevista ao G1, logo depois de enfrentar os pit bulls.
A criança sofreu ferimentos graves. O policial disse que também foi atacado por três dos cães quando foi até o quintal da casa. No entanto, ele estava armado com uma pistola de calibre ponto 40 e atirou contra os animais.
“Eu atirei para evitar que me atacassem também. Os cães se assustaram, mas quando olhei ao meu lado vi o outro cachorro com a cabeça da menina na boca. Aí, abati o animal”, relatou, emocionado. O fato ocorreu por volta das 14h desta segunda.
Dois cães morreram na hora e outro tentou escapar, mas foi morto a alguns metros da residência, em um córrego. Já o quarto cachorro conseguiu escapar e foi encontrado ainda no bairro, embaixo de um veículo.
Uma equipe do Centro de Controle Zoonoses da capital foi acionada e resgatou a cadela do local. Membros da instituição informaram ainda que é uma fêmea que está prenha.
A criança foi socorrida pelos paramédicos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá (PSMC). De acordo com informações do hospital, a criança foi internada em estado gravíssimo.
Ela ficou muito machucada e os ataques foram principalmente no rosto, cabeça e braços. “É uma situação lastimável. Foi muito desesperador quando comecei a ouvir os gritos e ver os moradores todos na rua desesperados”, frisou o policial.
Ele contou ao G1 que mora no bairro há sete anos e que não conhece a família da menina. Rosicley dos Santos também declarou que não sabia sobre os cães na residência e acredita “ter sido enviado por Deus” naquele momento para resgatar a garota.
Na ocasião do ataque, a menina estava apenas com a babá na casa. Ela e o policial foram para a Central de Flagrantes, onde prestaram depoimento à Polícia Civil.