O policial militar Luis Carlos Felipe Martins foi morto a tiros na manhã de sábado (20), na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Martins era próximo do também policial militar Adriano da Nóbrega, denunciado pelo Ministério Público do Rio (MP-RJ) por comandar uma milícia e o chamado "Escritório do Crime", grupo de matadores de aluguel. As informações são do UOL.
Adriano também foi assassinado, em fevereiro de 2020. O policial foi atingido por tiros vindos de um carro em movimento, enquanto saía de casa. Outro policial ficou ferido.
A relação entre os dois policiais era tanta que, após a morte de Adriano, Martins teria chegado a vender cabeças de gado que o acusado de chefiar o "Escritório do Crime" tinha na Bahia. Uma segunda reportagem de The Intercept, publicada na última sexta-feira (19), revelou novas escutas telefônicas com detalhes sobre o patrimônio de Adriano da Nóbrega, que chegaria a milhões de reais. Novamente, Martins foi citado como um dos gestores do espólio.
Martins tinha 50 anos, estava na PM há mais de duas décadas e deixa esposa e dois filhos. "Martins foi covardemente assassinado quando saía de casa em direção ao 16° Batalhão. Amante de esportes, o policial gostava de estar em contato com a natureza, surfar, mergulhar e praticar Jiu Jitsu. O Comando do 16° Batalhão está prestando apoio à família", disse o batalhão, em nota publicada nas redes sociais.