PM de Derrite desocupa terreno particular em Osasco sem mandado judicial

Polícia Militar desocupa terreno particular em Osasco sem ordem judicial, a pedido do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

Operação policial retira cerca de 600 pessoas do MTST | Caio Henrique/PMO
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Em operação irregular, a Polícia Militar de São Paulo desocupou um terreno particular em Osasco sem ordem judicial, a pedido do secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite. A informação, divulgada pela Folha de São Paulo. 

A operação de reintegração de posse ocorreu no dia 20 de janeiro, em um terreno de propriedade dos filhos do lobista Júlio Camargo, delator da Lava Jato, após aproximadamente 600 membros do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), ocuparem o espaço, incluindo mulheres e crianças. A operação irregular gerou controvérsias devido à falta de ordem judicial para a desocupação do terreno.

SEM ORDEM JUDICIAL: A ação policial foi realizada em resposta rápida e contou com a presença do prefeito local, Rogério Lins, que destacou a intolerância da cidade em relação a invasões, conforme comunicado da prefeitura. No entanto, a operação foi criticada por alguns coronéis, que a consideraram irregular devido à falta de ordem judicial, sendo realizada em um terreno privado.

ORDENADO POR DERRITE: A área foi invadida pouco depois da meia-noite e meia do dia 20. A ação da PM ocorreu por volta das 15h, supostamente ordenada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, sem planejamento adequado e em horário incomum, segundo relatos. A área invadida pertence a uma empresa de empreendimentos imobiliários e é propriedade de Julio e Roberta Belardi de Almeida Camargo, filhos do lobista Júlio Camargo, delator da Lava Jato, herdeiros do imóvel.

"A empresa vítima fica desde já orientada a solucionar a demanda através do Poder Judiciário na seara civil, a partir da qual, caso haja necessidade de apoio policial, se dará mediante ordem da autoridade judiciária competente", diz trecho do boletim de ocorrência, emitido às 8h35.

A polícia dispersou os invasores com bombas de efeito moral, apesar de relatos de negociações pacíficas entre representantes do movimento e advogados do proprietário. O caso levantou questões legais sobre a atuação policial em casos de invasão de propriedade privada sem ordem judicial, enquanto a prefeitura e o governo estadual divergem em suas versões sobre o ocorrido.

Com informações da Folha

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