Nesta quarta-feira (2), foi divulgada uma importante iniciativa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) relacionada à preservação dos mais diversos biomas brasileiros e suas populações de animais. Trata-se do lançamento do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade, também conhecido como Salve, que abrange aproximadamente 15 mil espécies no país. Essa plataforma online tem como objetivo avaliar e monitorar a situação de diversas espécies, levando em consideração possíveis ameaças, como queimadas, desmatamentos, destruição de habitat, caças e matanças deliberadas.
Foi anunciado que o Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (Salve), lançado pelo ICMBio, permitirá que qualquer pessoa realize pesquisas na plataforma utilizando o nome popular ou científico do animal. Coordenado por Rodrigo Jorge, analista ambiental do ICMBio e líder da Coordenação de Avaliação do Risco de Extinção das Espécies da Fauna (Cofau), o sistema tem como propósito principal contribuir para a conservação das espécies ameaçadas.
“Precisamos avançar na realização de análises para estimar a tendência da biodiversidade no Brasil”, afirma. Ele explica que houve um aumento do número de espécies ameaçadas, mas o universo de espécies avaliadas também cresceu.
Políticas públicas
O pesquisador Rodrigo Jorge acredita que, a partir das avaliações feitas pelos cientistas, a perda e a degradação de habitat da fauna são algumas das principais ameaças. Segundo ele, há uma relação direta com o aumento do desmatamento nos últimos anos. As pesquisas do ICMBio contaram com apoio do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção, e com a participação de especialistas da comunidade científica.
“Fica evidente a necessidade urgente de reverter essa tendência. Por isso, a postura da atual gestão de priorizar o combate ao desmatamento traz boas perspectivas para a conservação da biodiversidade”, opina.
Segundo a entidade, a iniciativa tem como propósito facilitar a gestão do processo de avaliação do risco de extinção e tornar as informações mais acessíveis, visando promover a geração de conhecimento e a implementação de políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade.
(Com informações da Agência Brasil)