Matizes diz que PL que propõe “cura gay” é “descabido”

O intuito da bancada evangélica é suprimir os dois artigos que tratam sobre a questão.

MARINALVA | Projeto é descabido e não deve prosperar | Reprodução Jornal MN
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Os parlamentares evangélicos pretendem interferir em uma resolução do Conselho Federal de Psicologia, que existe desde 1999 e proíbe esses profissionais de emitirem opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como um transtorno.

O intuito da bancada evangélica é suprimir os dois artigos que tratam sobre a questão. O projeto é do deputado João Campos (PSDB-GO). Ele defende que os pais têm o direito de buscar tratamento psicológico para os filhos com tendências homossexuais, podendo, inclusive, redirecioná-los sexualmente.

Por outro lado, o Conselho de Psicologia questiona se um projeto poderia interferir na autonomia do órgão.

Para a militante do Matizes, Marinalva Santana, a medida está na contramão do acúmulo que a ciência conquistou ao longo dos anos. ?É um projeto descabido e eu acredito que ele não vá prosperar?, afirma.

A coordenadora da Comissão de Orientação Ética e Fiscalização do Conselho Regional de Psicologia do Piauí, Palônia Andrade, ressalta que a entidade não entende a homossexualidade como doença, distúrbio ou perversão e, por isso, não oferece cura ou tratamento.

?O que existe é a escuta, caso haja sofrimento psíquico, geralmente causado por uma sociedade discriminatória?, explica a psicóloga.

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