Em sua monografia de conclusão do curso de Arqueologia na Universidade Federal do Vale do São Francisco, o piauiense Iderlan Souza, de 31 anos, defendeu que as pinturas rupestres encontradas na Serra da Capivara são representações pictóricas de um grupo de animais já extintos.
Para ele, as figuras de preguiças, tatus e cavalos são registros intencionais de megafauna.
A reportagem de Correio Braziliense explica que, tradicionalmente, os especialistas não aceitam interpretações de pinturas rupestres, vistas apenas como cenas de caça, ou figuras zoomorfa ou antropomorfa.
“É só até aí que eles vão, não dão um passo à frente. Por exemplo, não procuram responder se essa caça é ritual”, explica a museóloga e arte-educadora Rosa Maria Gonçalves, que co-orientou a monografia de Iderlan.
A defesa do pesquisador piauiense é inédita, já que em nenhum lugar da América do Sul foram identificadas, até hoje, imagens milenares destas criaturas.