Um pintor de 41 anos foi multado em R$ 1,5 mil por ter comercializado 27 aranhas e uma ave que mantinha em casa, em Limeira (SP). Ele já tinha sido autuado em fevereiro por guardar aracnídeos e uma lagartixa australiana sem autorização no imóvel dele, no Jardim São João. Segundo a Polícia Ambiental, das aranhas comercializadas, 15 ainda estavam em uma remessa dos Correios.
A polícia informou, na noite desta sexta-feira (19), que o fato foi descoberto durante uma ação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), na última quarta (17). Eles foram acionados pelos Correios. Despachar animais é proibido.
Por causa da venda - concretizada, no caso de 12 das aranhas e da ave -, foi aplicado auto de infração ambiental no valor de R$ 1 mil. O homem também foi multado em R$ 500 pelo Ibama por conta da tentativa de exportação pelos Correios das outras 15 aranhas, que foram recuperadas. O destino delas era o Chile.
Aranhas seriam enviadas via Correios, segundo Polícia Ambiental — Foto: Polícia Ambiental
A ocorrência deve ser encaminhada via ofício ao Ibama e Ministério Público Federal (MPF).
Como o homem já tinha sido multado anteriormente por ter aranhas e lagartixas em casa, as equipes foram até a residência do suspeito e verificaram, então, que havia menos bichos em relação ao levantamento feito durante autuação anterior.
Desde fevereiro, homem estava com os animais como fiel depositário, até que a Justiça decidisse para onde seriam levados.
Na época, uma funcionária dos Correios percebeu que havia aranhas em uma encomenda vinda de Itajobi (SP) e acionou a Guarda Civil Municipal (GCM). Os agentes identificaram que havia sete aranhas e uma lagartixa australiana da espécie gecko.
As aranhas, a lagartixa australiana e uma ave que tinham ficado na casa dele foram, agora, encaminhadas ao Instituto Butantã, em São Paulo (SP).
Criava por hobby
Na ocorrência de fevereiro, a polícia e o Pelotão Ambiental da GCM foram até o imóvel do pintor e encontraram outras 98 aranhas na residência, todas mantidas em situação irregular. O pintor disse que criava os animais por hobby e que os comprou por R$ 300.
Outras caixas de encomenda foram encontradas na casa dele, que admitiu, segundo a Guarda, que vendia alguns por R$ 20, já que eles procriavam e necessitavam de espaço.
Lagartixa australiana estava dentro de encomenda interceptada em Limeira — Foto: Wagner Morente/Comunicação GCM Limeira
O homem foi indiciado, na época, por utilizar animais da fauna nativa ou silvestre sem permissão, licença ou autorização, além de responder por introduzir no Brasil espécie animal sem parecer técnico e licença, já que foi pego com a lagartixa australiana.