A seca aflige milhares de piauienses todo o ano, contudo, com estratégias adotadas pelo Governo Federal e Estadual o problema vem sendo minimizado em diversos municípios do nosso semiárido; as ações se desenvolvem diante de um problema que antigamente era esquecido e hoje, abarca grande atenção por parte dos gestores locais e da presidente Dilma Rousseff (PT).
O eixo de medidas passa pelo Programa ‘Água Doce’ (PAD), coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos, que em parcerias com instituições federais, estaduais, municipais e sociedade civil, foca no estabelecimento de uma boa política de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano.
Dotado desse objetivo, o PAD promove a implantação de sistemas de dessalinização para as populações de baixa renda no semiárido. No Piauí, o programa instalará nos próximos meses cerca de 67 dispositivos do tipo, abarcando os municípios de Campo Alegre do Fidalgo, Betânia, Curral Novo, Acauã, Pedro Laurentino, Vila Nova e Caldeirão Grande.
Nesta etapa, as comunidades de Campo Alegre do Fidalgo e Betânia serão as primeiras beneficiadas, demandando a construção de 25 unidades. Destas, três encontram-se em plena fase de execução, a iniciativa laureia dois eixos, pois além de oferecer água de qualidade à população, possibilita a geração de emprego e renda, tendo em vista que as obras são concretizadas com a ajuda dos moradores locais, que são contratados e recebem um salário equivalente ao trabalho realizado a cada quinze dias.
No processo, a Emater, como empresa contratante, seleciona através de um processo de licitação uma empresa que gerenciará os recursos. No projeto a empresa contratada se compromete em fazer os diagnósticos, testes de vazão e fica responsável também pela execução das obras.
A transformação na realidade da região foi explicitada pelo coordenador do eixo de sustentabilidade, Alexandre Moura, que indicou a representatividade do PAD para a população dos municípios, demandando novas oportunidades à comunidade local.
“A mão–de-obra para a construção é local e os contratados têm todos os direitos trabalhistas assegurados”, disse. Atualmente cerca de 15 moradores já foram empregados; a previsão é que na próxima etapa mais 100 sejam contratados.