Piauí tem a mais nova seccional da Associação Brasileira de Recursos Humanos

Pesidente da ABRH-PI fala sobre a nova seccional, sua importância para o Piauí

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Profissionais do segmento de gestão de pessoas no Piauí criaram a mais nova seccional da Associação Brasileira de Recursos Humanos, que congrega empresas e profissionais que atuam em gestão de pessoas. A ABRH-PI é a 23ª seccional da ABRH-Nacional no país.

Liderada por Ana Cristina Pacheco de Araújo Barros, Professora do Instituto de Estudos Empresariais do Piauí, a ABRH-PI tem a missão de promover a melhoria das relações de trabalho, contribuir para o desenvolvimento dos profissionais de RH e fortalecer as empresas, através de melhor qualificação dos seus profissionais .

Nesta entrevista, a presidente da ABRH-PI fala sobre a nova seccional, sua importância para o Piauí e o futuro da atividade de gestão de pessoas no Brasil:

e-Press Comunicação: Por que os profissionais de RH do Piauí acharam que era hora de criar uma associação local?

Resposta: Tendo em vista o crescimento do Estado do Piauí nos últimos anos, as exigências de profissionalização das ações das empresas, sejam elas públicas ou privadas, ganharam bastante expressão. Os gestores passaram a buscar técnicas efetivas para suas atividades, de tal forma que a área de recursos humanos ganhou grande respaldo nesse processo. Acho que tudo isso levou a iniciativa de instalarmos uma seccional da ABRH-Nacional aqui no Piauí.

e-Press Comunicação: Quais os objetivos principais da ABRH-PI?

Resposta: Queremos criar as condições para que os profissionais que atuam em gestão de pessoas e RH no estado tenham um espaço para discussão, troca de experiências e acesso a novos conhecimentos, além de promover ações que proporcionem o desenvolvimento das competências na área de gestão de pessoas. E quando falamos em profissionais de gestão de pessoas estamos incluindo aqueles que, mesmo não atuando na área de Recursos Humanos, são os responsáveis pela gestão de pessoal nas empresas, porque, de fato, estes profissionais são gestores de pessoas.

e-Press Comunicação: Como a senhora vê o papel da universidade no processo de gestão de pessoas?

Resposta: Observando a massificação do ensino superior ocorrido nos últimos anos, percebo a grande contribuição dessas ações para o crescimento do país. Vale ressaltar que aumentar a oferta de vagas, seja em faculdades públicas ou privadas, sempre será uma boa iniciativa, porém a qualidade não pode ficar em segundo plano. A formação profissional tem impacto direto nas competências dos nossos gestores, daí a fundamental importância do papel das instituições de ensino superior na formação de profissionais com conhecimentos sólidos, sustentados pelo desenvolvimento contínuo que devemos ter durante toda a nossa atuação profissional.

e-Press Comunicação: Como senhora vê as relações de trabalho no Piauí?

Resposta: As relações de trabalho aqui em nosso estado têm evoluído muito, saindo de um viés essencialmente burocrático e trabalhista para ações mais de desenvolvimento humano, de percepção das pessoas como fundamentais para a efetividade e bom desenvolvimento dos negócios. Isso explica, inclusive, o surgimento da ABRH-PI.

e-Press Comunicação: Quais as grandes carências dos gestores de pessoas no Piauí?

Resposta: De forma geral seria o acesso a informações, conhecimentos e técnicas que são mais difundidas no eixo sul-sudeste do país. Este é um problema que a ABRH-PI veio para resolver, pois por meio de ações orientadas para a difusão de informação, queremos colocar os gestores de pessoas da região no mesmo nível de informação do que os demais.

e-Press Comunicação: Como a ABRH-PI vai atuar no sentido de suprir essas carências?

Resposta: Exatamente cumprindo os seus objetivos, como entidade de fomento ao desenvolvimento e aperfeiçoamento dos gestores de recursos humanos. A ABRH-PI vai atuar com muita intensidade na promoção de eventos orientados para o conhecimento, para a difusão da informação, para a formação e capacitação dos profissionais do setor. Um exemplo desse tipo de atividade é a palestra do professor e consultor Eugênio Mussak, que a ABRH-PI está promovendo e que vai acontecer no dia 31 de janeiro, debatendo um tema muito atual no Brasil e no mundo que a são as metacompetências. Eugênio Mussak é também integrante do Comitê de Criação do CONARH - Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, o maior evento de difusão de conhecimento para a área de RH da América Latina.

e-Press Comunicação l: A ABRH-PI já tem parcerias locais? Quais seriam?

Resposta: Sim, já temos como parceiros a Gráfica Halley, a Fortes Informática e a EMGERPI, mas outros certamente virão, pois o tema gestão de pessoas diz respeito a toda e qualquer empresa. Basta ver que a feira de negócio do CONARH, a Expo ABRH, que reúne 140 expositores, já teve 60% de seus estandes vendidos com quase um ano de antecedência, o que mostra a importância do tema para as empresas no país.

e-Press Comunicação: A senhora diria que há um modelo de gestão de pessoas tipicamente piauiense?

Resposta: Acredito que toda a empatia e senso de colaboração que faz parte das características de todo nordestino, será ressaltado em especial, na atuação dos nossos gestores piauienses, que com muito empenho, dedicação e competência tem se mostrado cada vez mais aptos a esse mercado. Penso, inclusive, que esta é uma competência muito valorizada em gestores de pessoas, não só no Brasil, mas no mundo.

e-Press Comunicação: É fato que há carência global de talentos. A senhora diria que as empresas do Piauí enfrentam o mesmo problema?

Resposta: Como todo o Brasil, passamos por dificuldades na captação de talentos, isso não é privilegio dos outros estados. Talvez a deficiência nos processos de formação escolar, do ensino básico à universidade, tenha resultado nesse tipo de carência. Portanto, para aqueles profissionais qualificados e que tenham força de trabalho e ?brilho no olho?, existe no Piauí grandes oportunidades de trabalho.

e-Press Comunicação: Diz-se que a educação no Brasil é deficitária e impede a formação de talentos. Esse é um problema também no Piauí?

Resposta: A educação no Brasil é bastante padronizada. No entanto, temos no Piauí, várias das melhores escolas do nordeste e ainda uma das melhores do país no ensino fundamental. Formar pessoas pensando, ainda, em desenvolver talentos para o mercado de trabalho é algo muito difícil e exige profunda interação entre os setores educacional e do trabalho. Penso que estamos evoluindo com bastante celeridade nesse aspecto e a ABRH-PI tem como objetivo justamente essa preocupação, pois a entidade defende investimentos em programa de qualificação que preparem melhor os jovens e os trabalhadores de forma geral. Basta ver que apenas 16% da população economicamente ativa do Brasil têm alguma qualificação, contra 30% no México ou Chile. Mudar essa realidade tem a ver com melhorar o desempenho do Brasil neste mundo global. É com isto que devemos nos preocupar.

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