Piauí tem 22 mil casas localizadas em área de risco

A pesquisa ainda nem foi totalmente concluída, mas os números já assustam

O geólogo Francisco Lages | Andrê Nascimento
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São 80 mil pessoas vivendo em áreas com risco de desabamento, deslizamentos e outros perigos, em 14 cidades do Piauí. O geólogo Francisco Lages, do Serviço Geológico do Brasil, da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), disse que a companhia tem feito um diagnóstico para mapear todas as áreas de risco do Estado. A pesquisa ainda nem foi totalmente concluída, mas os números já assustam.

Os municipios com áreas de risco são: Barras, Batalha, Buriti dos Lopes, Campo Maior, Esperantina, Luzilândia, Matias Olímpio, Miguel Alves, Piracuruca, Porto, São José do Divino, Santa Cruz dos Milagres, Teresina e União. Os moradores das casas já foram avisados e notificados, assim como os órgãos competentes. Para o geólogo, as famílias deveria ser retiradas das áreas, mas na maioria dos casos, eles se recusam.

O diretor da Defesa Civil do Estado, Jerry Herber contou que após as enchentes nos anos de 2008 e 2009, quase 4 mil casas foram entregues gratuitamente às famílias atingidas, mas que muitos deles retornaram aos locais de origem. "Muitos agiram de má fé, e colocaram um parente na casa que foi doada, sem custo algum, e voltaram para as áreas de risco", disse.

A cidade de Campo Maior sediará esse ano um Simulado de Preparação para Desastres. Dia 13 de abril será feito um exercício que simulação para preparar a comunidade para situações de enchente, desabamento e outras. "Vamos fazer como se fosse real", disse Jerry Herber.

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