O cen?rio internacional continua favor?vel ao mel do Brasil, inclusive do Piau?. Apesar das dificuldades, como o embargo europeu, os n?meros seguem positivos. Em maio deste ano, o Pa?s exportou cerca de US$ 3,208 milh?es e 1,987 milh?o quilos. Esse resultado representa um aumento de 62,9% em valor e 68,9% em peso, se comparado com o mesmo per?odo de 2006.
De acordo com o levantamento, de janeiro a maio deste ano, os seis maiores estados exportadores foram: S?o Paulo (US$ 3,051 milh?es), Rio Grande do Sul (US$ 2,039 milh?es), Cear? (US$ 1,216 milh?o), Santa Catarina (US$ 1,037 milh?o), Piau? (US$ 736,443 mil) e Paran? (US$ 465,292 mil). Nos primeiros cinco meses do ano, o pre?o m?dio foi de US$ 1,56/Kg de mel, ainda inferior aos US$ 1,59/Kg praticado em igual per?odo do ano passado.
O valor das exporta?es de mel em maio foi tamb?m o maior nos ?ltimos 31 meses. E, significou um crescimento de 25,4% em valor e de 18,8% em peso, na compara??o com o abril deste ano (US$ 2,559 milh?es e 1,673 milh?o quilos). Al?m disso, a receita (US$ 8,891 milh?es) e o volume (5,695 milh?es quilos) das exporta?es de mel nos primeiros cinco meses deste ano j? superaram os totais comercializados no mesmo per?odo de 2006.
Esses dados constam do levantamento consolidado pelos consultores da Unidade de Agroneg?cios do Sebrae e coordenadores nacionais da Rede Apicultura Integrada Sustent?vel (Rede Apis), Alzira Vieira e Reginaldo Resende. A refer?ncia ? o Sistema de An?lise das Informa?es de Com?rcio Exterior via Internet (Alice-Web), da Secretaria de Com?rcio Exterior (Secex) do Minist?rio do Desenvolvimento, Ind?stria e Com?rcio Exterior.
No entanto, o pre?o m?dio do mel vem subindo nos ?ltimos dois meses. Houve ligeiro incremento de US$ 1,53/Kg de mel em abril para US$ 1,61/Kg em maio. Apenas Paran? (US$ 1,74/Kg), Cear? (US$ 1,73/Kg) e S?o Paulo (US$ 1,59/Kg) tiveram pre?os acima da m?dia (US$ 1,56/Kg). E, o menor pre?o foi recebido por Santa Catarina (US$ 1,44/Kg).
Mais de 90% das exporta?es de mel brasileiro, nestes cinco meses, foram para o mercado norte-americano (US$ 8,017 milh?es). O consultor do Sebrae Reginaldo Resende ressalta que de 2005 para 2006, o Brasil passou de 7? para 4? lugar no ranking de maior exportador para os EUA.
"Mas nos primeiros quatro meses deste ano, perdemos uma posi??o por conta do grande aumento das exporta?es de mel do Vietn? e da ?ndia, que s?o 3? e 4? exportadores para o mercado americano", explica. Em abril deste ano, a China n?o exportou para os EUA em fun??o da exig?ncia de pagamento, ? vista, da tarifa "anti-dumping" de mais de 200% imposta ao mel chin?s.
Driblando o embargo - Para manter o ritmo de exporta??o e fugir do embargo europeu, os exportadores brasileiros est?o inovando e fazendo novas negocia?es. Na Api?rios Lambertucci, empresa de Rio Claro (SP), a estrat?gia foi fugir do mercado norte-americano que estava pagando pouco pelo mel brasileiro e buscar rotas alternativas.
O coordenador da atividade de exporta??o da empresa, S?rgio Ricardo Varussa, conta que em maio deste ano vendeu para o Canad? e abriu um mercado vantajoso na ?frica do Sul. "Conseguimos vender o nosso mel na ?frica do Sul pelo pre?o de US$ 1,70/Kg",diz.
Mas Ricardo conta que, com o embargo europeu, a Api?rios n?o est? exportando no mesmo ritmo. "At? maio, exportamos apenas cinco cont?ineres. Quando temos o mercado europeu para explorar, chegamos a exportar cerca de quatro cont?ineres por m?s", afirma S?rgio.
Para equilibrar as finan?as da empresa, a Api?rios est? negociando com o Jap?o a venda de florada ex?tica, o mel de caf?. A empresa tamb?m conseguiu ser aprovada como fornecedora internacional para a Nestl?. Esse neg?cio tem rendido sa?das quinzenais do mel da Api?rios para a Nestl? no Brasil, na Venezuela e no Chile.
"Tamb?m estamos lutando para exportar o mel envasado, e n?o em tambor, para os pa?ses ?rabes, Jap?o e EUA", diz S?rgio. Segundo ele, essa mudan?a de padr?o de venda vai a