Apenas no ano de 2013, o Piauí registrou 1.002 casos novos de tuberculose, contra 946 detectados em 2012. O número coloca o Estado na 22ª posição nacional em casos da doença e em 9º lugar no Nordeste.
De acordo com a supervisora estadual da Tuberculose, Ivone Venâncio, o maior desafio em relação à tuberculose no Piauí é a melhora da busca ativa para a detecção de novos casos.
"A falta da busca ativa na rotina dos profissionais da Atenção Básica contribui para a baixa detecção da doença.
Outro desafio diante da doença é quebrar a cadeia de transmissão. Para isso é preciso que os profissionais, desde os odontólogos, enfermeiros, médicos e demais se envolvam no processo, observem os possíveis sintomas no paciente e orientem", disse a supervisora.
Ainda de acordo com ela, Teresina detém mais de 50% dos casos diagnosticados da tuberculose e não está em posição confortável, mesmo o Piauí sendo o Estado com menos casos proporcionais ao número de habitantes, cerca 23,4 casos para cada 100 mil habitantes.
Ivone Venâncio ressalta que é necessária uma dedicação especial da Atenção Básica, considerando que a a tuberculose é uma doença endêmica permanente, tem um respaldo maior em populações mais pobres.
"Apesar dela ter transcendência em todas as classes sociais, é nas classes mais vulneráveis, onde existe aglomeração de pessoas e condições ruins de moradia, que precisa estar o foco".
Atualmente a doença tem 100% de cura e tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde. Todos os municípios do Estado também possuem a capacidade para realização do diagnóstico da tuberculose, através da baciloscopia ou "exame do escarro".
"Mesmo os que não possuem o laboratório para a realização do exame, são equipados com postos de coleta e não é necessário que o paciente se desloque para outras cidades", destacou Ivone Venâncio.