O Piauí registrou uma redução de 12,5% nos casos de dengue, em relação ao mesmo período de 2016. De 01 de janeiro a 17 de agosto deste ano, foram 4.262 casos notificados em 120 municípios.
Em relação à chikungunya, foram 4.255 casos notificados, em 88 municípios, registrando aumento de 119,7% em relação ao mesmo período de 2016. As maiores incidências de chikungunya por 100 mil habitantes foram registradas nas cidades de Cajueiro da Praia (1691,0), São Raimundo Nonato (1485,0), Várzea Branca (961,3), Luis Correia (768,0) e Arraial (663,8).
A explicação para a redução da dengue e aumento da chikungunya se dá pelo fato da dengue está a mais tempo instalada, “então as pessoas que adoeceram por um dos quatro tipos de vírus da dengue, nunca mais adoece por aquele vírus, mesmo que aquele vírus esteja circulando a pessoa já está imune. Enquanto que a chikungunya é uma doença mais recente, que se instalou há pouco mais de dois anos no Piauí, então toda a população está vulnerável a adoecer pela chikungunya”, disse o epidemiologista Inácio Lima.
Por conta da forma crescente e sequenciada da epidemia de chikungunya no Estado, a Sala Estadual de Coordenação e Controle das Ações de Enfrentamento à Microcefalia expediu ofício aos gestores municipais, orientando para medidas intensivas de combate ao mosquito e alertando para a importância da notificação dos dados.
Nesse combate, segundo Inácio Lima, o Estado entra com apoio técnico, supervisionando e complementando as ações que os municípios não têm condições de fazer, com equipamentos pesados como o veículo fumacê. “O estado está providenciando de forma imediata o reestabelecimento funcional desses veículos. O trabalho nesses municípios que tem alta incidência de casos não pode parar até que a situação se reestabeleça”, disse.