Apesar de ser de fundamental importância para a cura ou tratamento de doenças graves como leucemia e aplasia medular, a doação de medula óssea no Piauí ainda está abaixo do satisfatório.
O Estado tem 3.194.718 habitantes e apenas 68 mil pessoas estão cadastradas no banco de dados de possíveis doadores. A informação é da enfermeira Gilkely Medeiros, supervisora do setor de Redome do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (Hemopi).
O número citado acima é considerado baixo pelo Hemopi por conta de dificuldade de se achar um doador que tenha a médula compatível com o paciente. A probabilidade disso ocorrer é de uma a cada 100 mil doações.
“Em relação ao contingente populacional do Piauí, 68 mil cadastrados não é tao satisfatório. O indicado era que todas as pessoas de 18 anos a 60 anos se cadastrassem”, indica a enfermeira.
Para se tornar um possível doador de médula óssea é necessário procurar o Hemopi e preencher um formulário que será inserido no banco de dados de doadores. “As pessoas devem comparecer ao hemocentro portando documento de identificação com foto, responder um cadastro.
Depois disso será coletada uma amostra de sangue e encaminhada ao laboratório da Universidade Federal do Piauí. Lá é feito o exame chamado de HLA, que determina as características genéticas do doador. Esse dados voltam para o Hemopi e são cruzados com o HLA dos pacientes”, explica Gilkely Medeiros.
Se houver compatibilidade, a doação pode ser feita através da obtenção das células-tronco do doador, que utiliza uma máquina específica, ou por procedimento cirúrgico onde a médula é aspirada.
A enfermeira e supervisora do Hemopi ressalta,ainda, que uma vez no cadastro de doadores, as pessoas devem manter os dados para que sejam localizadas quando necessário.