O secretário de Estado da Saúde, Francisco Costa, juntamente com equipe técnica da gerência de Saúde Mental, estiveram nesta segunda (10) conhecendo a dinâmica de funcionamento, rotina e estrutura física de uma das unidades da Fazenda da Paz. O intuito é a viabilização do trabalho integrado entre comunidades terapêuticas e a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) no Estado.
“Temos que olhar em rede e fortalecer essa integração, temos várias estruturas de comunidades terapêuticas no nosso Estado que realizam trabalhos relevantes na reabilitação dos piauienses, para que nesse contexto possamos criar condições de garantir toda linha de cuidado para que os pacientes que precisam desse tipo de atendimento para dependência química possam ter uma reinserção social mais adequada”, disse Costa.
As comunidades terapêuticas são Instituições sem fins lucrativos que oferecem gratuitamente acolhimento para pessoas com transtornos decorrentes da dependência de drogas. Atualmente, a unidade do Piauí da Fazenda da Paz acolhe 74 internos, que recebem acompanhamento psicossocial, tratamentos de saúde, cursos profissionalizantes, atividades inclusivas e terapias para reintegração com a sociedade após o período de tratamento.
O fluxo de atendimento dos pacientes será definido de acordo com cada realidade, serão criadas dinâmicas de suporte integrando com o Sistema Único de Saúde (SUS) através do Centro de Assistência Psicossocial (CAPS), Programa de Saúde da Família (PSF) e o próprio Hospital Areolino de Abreu, para casos mais graves de crise.
“Por meio desse trabalho em conjunto daremos um passo muito importante na luta antimanicomial no nosso Estado, priorizando a humanização e garantindo um tratamento adequado e promoção da saúde”, comentou Célio Barbosa, coordenador Geral da Fazenda Paz.
Com trabalho da comunidade terapêutica, o ex-usuário de drogas Inácio Sousa, que já havia sido até morador de rua, há 15 realizou o tratamento na Fazenda Paz e hoje, como funcionário da instituição, possui dois cursos superiores e apoia internos que precisam de ajuda em momentos de crise. “Ainda pretendo fazer o curso de Direito para ajudar os internos que aqui chegam. Do mesmo modo que fui acolhido, quero ajudar outras pessoas a se recuperarem”, comentou Inácio.