Em meio à crise que afeta todos os Estados do Brasil, um dado positivo relativo às finanças diz respeito à melhoria da capacidade de investimento do Piauí no ano de 2016. Segundo o estudo “Situação Fiscal dos Estados Brasileiros”, divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), o Piauí ocupou o 3º lugar do país entre os Estados que mais realizaram investimentos no ano de 2016, com a aplicação de 10,7% da Receita Corrente Líquida (RCL) em investimentos.
Esse índice foi quase empatado com os dois Estados que mais se destacaram no ano passado em investimentos no Brasil: a Bahia, que ocupou o 2º lugar, investindo 11% da RCL em investimentos; e o Ceará, que aplicou 11,1% da RCL em investimentos, destaque em 1º lugar do país, tanto em relação ao investimento como no ranking fiscal de todos os Estados.
Em relação aos dados gerais de todos os Estados, a Firjan revela que em 2016 o Piauí ocupou o 11º lugar no ranking fiscal, perdendo apenas para os seguintes Estados: Roraima (10º), Santa Catarina (9º), Tocantins (8º), Paraíba (7º), Alagoas (6º), Espírito Santo (5º), Amapá (4º), Pará (3º), Maranhão (2º) e Ceará (1º).
Piauí investiu R$ 854 milhões em 2016
No ano passado, o Estado do Piauí investiu cerca de R$ 854 milhões, sendo que a maior parte destes recursos, R$ 736,5 milhões, foi aplicada em obras e equipamentos. Vale destacar que as principais obras são as relativas à mobilidade urbana, pavimentação e recuperação de rodovias, a exemplo do Rodoanel, Elevado da Miguel Rosa, Transcerrados, etc.
A maioria desses investimentos foi realizada com recursos das operações de créditos, até porque diante das dificuldades enfrentadas pelos Estados, principalmente os mais dependentes de recursos de transferências da União, como é o caso do Piauí, a melhor opção para continuar investido é pleitear recursos por meios das operações de créditos.
No caso do Piauí, os R$ 854 milhões liberados em 2016 foram oriundos de operações de créditos, sendo as mais significativas as seguintes: 1)Banco Mundial/Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), no valor de R$ 709 milhões, por meio da modalidade DPL II; 2) Swap, no valor de R$ 74 milhões; 3) BNDES, por meio do PROINVESTE, no valor de R$ 38,86 milhões.
Para este ano de 2017, o Piauí aguarda a liberação de outras duas operações de crédito com a Caixa Econômica Federal (CEF), R$ 915 milhões de reais da Caixa e 45 milhões de dólares do BID (Profisco), que ainda estão em análise.