No Dia Nacional da Indústria, comemorada na data de 25 de maio, o Piauí tem muito a comemorar com os avanços do setor industrial e os obstáculos já superados. Contudo, ainda diversos gargalos estão presentes no segmento, como altas taxas tributárias, celeridade de processos, maiores incentivos e oportunidades de trabalho. No Piauí, atualmente existem cerca de 7.905 Indústrias instaladas e emprega quase 60 mil profissionais formais, representando 12,1% do PIB piauiense, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (FIEPI).
Até 2025, o Piauí precisará qualificar 47,7 mil pessoas em ocupações industriais, sendo 12,4 mil em formação inicial – para repor inativos e preencher novas vagas – e mais de 35,2 mil em formação continuada, para trabalhadores que devem se atualizar. Federico Musso, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), informa que um dos objetivos do setor é ampliar o número de vagas e fortalecer a qualificação dos profissionais.
"A indústria é um importante setor no Piauí. As oportunidades e maior qualificação profissional dos colaboradores são de grande importância para que o segmento se fortaleça e tenha maior destaque no desenvolvimento econômico. Temos realizado parcerias com instituição de ensino, IFPI e diálogos com os industriais como forma de incrementar novos conhecimentos e investimentos de inovação no setor", disse.
Segundo dados da FIEPI, existe a necessidade de formação de cerca de 74% dos profissionais para aperfeiçoamento. O boletim da Superintendência de estudos econômicos e sociais (CEPRO-PI) revela que as micro e pequenas empresas predominam no setor industrial do Piauí, correspondendo a 99%, e empregando 62% da mão de obra do setor, de acordo com os dados da RAIS 2018.
“Segundo estudos da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), 95% das indústrias do Piauí empregam até 19 trabalhadores. São indústrias pequenas, mas que fazem um contingente e quando somado à todas as indústrias de nosso Estado, em torno de 50 mil pessoas trabalham no setor. É um setor muito pujante e que pode crescer muito mais, se colocado os devidos incentivos pelos municípios e o Estado”, destaca Andrade Júnior, empresário e vice-presidente do CIEPI.