PI terá fábrica para construção de parques eólicos

Piauí consolida polo de energia sustentável com a instalação de empresa que constrói peças para parques eólicos.

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O Piauí tem avançando em investimentos em energia renovável. Isso também deve acontecer a médio e a longo prazo, pois uma empresa que trabalha para construir peças para parques eólicos vai se instalar no Sul do Piauí, no município de Paulistana. A vinda da empresa reflete em geração de emprego, renda e aumento da circulação monetária na região.

A operação deve iniciar entre setembro e outubro, primeiramente para fornecer material para o complexo eólico em Lagoa do Barro. Após esse processo, a fábrica manterá as instalações como um ponto de escoamento da produção para várias regiões do Nordeste, tendo em vista que Paulistana tem localização central e estratégica.

Crédito: Efrém Ribeiro

É o que explica Igor Néri, secretário de Desenvolvimento Econômico. “Estivemos em Osasco em reunião com os diretores da Rutten, uma grande empresa de fornecimento de materiais de concreto. No Piauí, eles tiveram contato com uma das empresas que está construíndo um parque eólico em Lagoa do Barro. Daí veio o interesse de montar uma planta da Rutten aqui no Estado, em Paulistana, por conta da proximidade”, conta.

No entanto, o Governo do Estado quer incentivar que a empresa permaneça após findar os trabalhos em Lagoa do Barro. “O governador trabalhou junto conosco e fechamos essa parceria. Eles decidiram montar em Paulistana, com o interesse de que eles permaneçam aqui após acabarem os trabalhos do parque eólico. A Rutten vai se instalar em outubro, é algo rápido e concreto, para fornecer material para as usinas e também para todo o Nordeste, pois a região está em localização estratégica para outros estados, como Pernambuco e Bahia”, avalia o secretário.

Secretário Igor Néri | Crédito: Gabriel Paulino

A Rutten é a fusão de grandes empresas do ramo. “Eles vieram até o Piauí e identificaram potencialidades. Aqui é um grande entroncamento para projetos futuros da empresa. Estamos buscando empresas que trabalham na parte de energias renováveis mas que não saiam do Estado após o fim do serviço. Eles têm projetos em Natal e em várias partes do Nordeste”, acrescenta.

Descentralização industrial associada a energias renováveis

A região Sul do Estado está na mira de investimentos, principalmente no que diz respeito à produção de energia limpa. “A ideia do governador é esquecer um pouco a capital, queremos desenvolver o Estado como um todo. Paulistana é uma área estratégica. A vinda da Rutten vai chamar outras empresas. Enquanto isso, em Floriano vamos reativar uma indústria de biodiesel. Também vamos reabri-la em outubro”, aponta Igor Néri, secretário de Desenvolvimento Econômico.

Crédito: Efrém Ribeiro

A expectativa é de mais investimentos para o ano que vem. “Além disso, Capitão Gervásio Oliveira, Dom Inocêncio e Lagoa do Barro serão beneficiadas com energia renovável com energia eólica e solar. Elas vão gerar, juntas, 70 megawatts. Será Oiti I e II. Elas iniciam em outubro de 2020 a construção dos parques eólicos e solares”, aponta o Néri.

Outra grande empresa que chega ao Piauí é a indústria do trigo. A ideia de trazer este tipo de indústria é estratégica, visto que a farinha de trigo é um dos principais produtos de importação piauiense. “Vamos trazer o trigo e aqui eles farão todo o beneficiamento, para fazer farinha de trigo aqui. Chama Grande Moinho Cearense, que vai abrir no Polo Industrial Sul. A ideia é que passem a funcionar em maio de 2020”, finaliza o secretário. (L.A.)

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