A Polícia Federal devolveu a arma do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro após ele disparar acidentalmente no aeroporto de Brasília na tarde desta segunda-feira (26). Ele havia saído do seu apartamento funcional em Brasília e estava de mudança para São Paulo.
Uma funcionária da companhia aérea Gol que não teve a identidade revelada, foi atingida pelos estilhaços e não teve ferimentos graves . Em nota, a empresa disse que ela 'está bem e recebendo suporte'.
Ribeiro foi encaminhado à Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido. Ele declarou que, "como já havia feito o ‘despacho de arma de fogo’ pela internet se dirigiu diretamente ao balcão da companhia aérea Latam; que ao abrir sua pasta de documentos pegou a arma para separá-la do carregador, dentro da própria pasta, momento em que ocorreu o disparo acidental".
"O declarante com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental", afirma trecho do depoimento.
Ex-ministro ainda acrescentou que o espaço dentro da pasta ficou "pequeno para manusear a arma". O disparo, disse ele, perfurou o coldre onde estava a arma, a pasta e se espalhou no chão no aeroporto.
"Após o acontecido, o próprio declarante indagou às pessoas que foram ao local do incidente se alguém havia sido atingido pelos estilhaços, momento em que não apareceu qualquer vítima", consta no depoimento.
Em nota, a defesa do ex-ministro disse que se trata de um "incidente passado" e provocado por "um cuidado excessivo de não tirar a arma de dentro do bolso em público":
A arma já foi devolvida pelo delegado da Polícia Federal ao ex-ministro Milton Ribeiro porque prevaleceu o entendimento de que tudo não passou de um acidente provocado por um cuidado excessivo de não tirar a arma de dentro do bolso em público, a fim de não expor nem constranger as pessoas presentes —e também devido ao zelo de não circular com sua arma carregada. Trata-se de um incidente passado, que não afetou ninguém e que ocorreu enquanto ele deixava seu apartamento funcional, em Brasília, durante processo de mudança para São Paulo.