Nesta segunda-feira (19), a Polícia Federal deflagrou a Operação Mustache nas cidades de Rio Branco, Bujari, Capixaba e Senador Guiomard, no estado do Acre. O objetivo da operaçāo era desarticular uma quadrilha que, segundo a PF, caçava onças pardas e pintadas para fazer tapetes e usá-los como troféus.
Durante a ação, foram cumpridos oito mandados de condução coercitiva e dez mandados de busca e apreensão. Duas pessoas foram presas por porte ilegal de arma. O grupo criminoso praticava a caça ilegal, principalmente de onças pintadas ou pardas, que estão listadas como animais em extinção, além outros bichos silvestres.
A Polícia Federal nomeou a nome da operação de Mustache, bigode em inglês, porque os caçadores se referiam às onças como "bicho de bigode". Ainda segundo a PF, as investigações continuam.
Segundo o delegado responsável pelo caso, o grupo não visava muito o lucro com a caça, mas sim tratavam o crime como hobby.
"Começamos essa investigação há alguns meses durante uma operação que visava repelir a caça de animais silvestres, sobretudo de onças. Ainda teremos um bom tempo para apurar tudo, mas a suspeita é que esse grupo tenha matado centenas de onças no estado do Acre", disse.
Nos locais em que foram efetuadas as buscas, a polícia encontrou 42kg de carne de caça, pele de onça e carcaça de animais, como tatu e jabuti, que eram guardadas como prêmios pelos caçadores. Os investigados vão responder por associação criminosa, falsidade ideológica, porte ilegal de arma e caça ilegal de animal silvestre.
Ainda durante as investigações, foi descoberto uma estrutura montada para que fossem feitas rinhas de galo. No total, 140 galos de briga foram encontrados confinados em gaiolas. As brigas eram feitas em um local bem estruturado e o grupo oferecia troféus para os donos dos galos campeões nas lutas.