A Polícia Federal deflagra na manhã desta 4ª feira (4.jul.2018) a Operação Ressonância, que mira esquemas de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. São cumpridos 15 mandados de prisão no Rio e 8 em São Paulo.
A ação é 1 desdobramento da operação Fatura Exposta, realizada em abril de 2017. Entre os alvos desta nova fase, está o empresário Miguel Iskin, o ex-secretário estadual de Saúde Sérgio Côrtes e o atual diretor-geral do INTO (Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia), André Loyelo. Também foi decretado o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão na ação.
A operação investiga empresas envolvidas no esquema de cartelização e desvio de dinheiro no fornecimento de próteses e equipamentos médicos por meio de fraudes em licitações no chamado “clube do pregão internacional” liderado por Iskin. Segundo a PF, foi identificado 1 cartel de fornecedores que atuou entre os anos de 1996 e 2017 no Into.
Fraudes no Into
Na primeira etapa da Fatura Exposta foram presos Iskin e Sérgio Côrtes. A operação investigava fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Into. Os desvios chegaram a R$ 300 milhões entre 2016 e 2017, segundo as investigações.
Côrtes comandou a secretaria de Saúde do Rio de 2007 a 2013, durante o governo de Sérgio Cabral (MDB). Ele também foi diretor do Into entre 2002 e 2006. A suspeita é que Côrtes favoreceu a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, em licitações. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.