Uma expedição integrada por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) descobriu uma nova espécie de macaco sagui no Sudoeste do Pará. A área, segundo a instituição, faz parte do Arco de desmatamento da Amazônia brasileira. Um artigo que descreve a descoberta está disponível na internet.
A nova espécie vive, de acordo com os pesquisadores, em uma região com biodiversidade pouca estudada.
Para diferenciar o sagui-dos-munduruku das outras espécies já conhecidas pela ciência, foi utilizada uma abordagem integrativa, que considerou as características de coloração da pelagem, as relações filogenéticas com base em sequências de DNA genômico, e a distribuição geográfica.
Os saguis-dos-munduruku – como a espécie foi batizada –, possuem cauda, mãos e face brancas, a parte posterior das costas bege-amarelada e antebraços brancos com manchas bege-amareladas nos cotovelos.
A preocupação, porém, é que por viver em uma área de desmatamento o animal já está ameaçado de extinção.
O sagui-dos-munduruku recebeu o nome científico de Mico munduruku em homenagem à etnia indígena munduruku, que ocupa a região onde a espécie foi encontrada.
Expedição
As pesquisas que levaram à descoberta desta espécie foram lideradas pelos pesquisadores Rodrigo Costa Araújo e Tomas Hrbek do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia e Universidade Federal do Amazonas e contaram com a participação dos professores Gustavo Canale, da UFMT Câmpus de Sinop e Rogério Rossi, do campus Cuiabá, além de pesquisadores das universidades federais de Viçosa, Goiás, Rondônia, Instituto Mamirauá, University of Salford (Inglaterra) e Stony Brook University (Estados Unidos).