Uma pesquisadora piauiense encontrou na cajuína a fonte para a produção de isotônicos, bebida bastante utilizada por praticantes de esportes, que busca repor os carboidratos e sais minerais eliminados após as atividades. O sabor, a cor e o aroma da bebida extraída da típica fruta nordestina foram a base para a tese de doutorado da professora Dra. Luanne Morais Vieira Galvão, feita através do Programa de Pós-Graduação RENORBIO, da Universidade Federal do Piauí (UFPI).
Os testes do produto foram realizados no Laboratório de Alimentos do Instituto Federal do Piauí (IFPI - Teresina), no Laboratório de Inovação Tecnológica e Empreendedorismo em Produtos Farmacêuticos e Correlatos (LITE/UFPI) e renderam bons resultados para a pesquisa.
"Depois que fizemos o protótipo, realizamos um planejamento experimental em que trabalhamos com nove formulações, em que variavam as quantidades de cafeína e açúcar", explica Luanne.
Depois que as novas formulações foram feitas, ela apresentou análises físico-químicas para verificar a osmolalidade, quantidade de carboidratos, quantidade de sódio e potássio estavam dentro das quantidades exigidas pela legislação. Havia tido mais um êxito, uma formulação estava dentro de todos os parâmetros.
“Começamos a realizar outras análises, como dos microbiológicos, de toxicidade, físico-químico e sensorial, onde degustadores não treinados avaliaram o produto com relação ao sabor, cor, aroma e intenção de compra”.
Os resultados positivos sustentaram o estudo. Com o estudo finalizado, resta agora a produção, que será realizada por uma empresa associada à Universidade Federal do Piauí. A pesquisadora fala do desafio da pesquisa “O mais difícil, como toda pesquisa no Brasil, é ter a disponibilidade de recursos, laboratórios bem equipados à nossa disposição. Mas a gente corre, com dedicação e esforço, e vai atrás de parcerias em outras universidades”. (A.S.)