A influente Associação Americana dos Aposentados (AARP), que une cerca de 38 milhões de membros, divulgou na semana passada uma pesquisa que aponta que os norte-americanos mais velhos acreditam que a maconha é eficiente no combate à dor e que deveria ser disponibilizada sob supervisão de médicos.
Pesquisa
Na intitulada National Poll on Healthy Aging (Pesquisa Nacional sobre Envelhecimento Saudável), foram ouvidas mais de 2 mil pessoas entre 50 e 80 anos, numa parceria entre a AARP e a Universidade de Michigan.
Dados do levantamento: apesar de majoritariamente acreditarem nos benefícios da maconha não apenas para o alívio de dores, mas também para melhorar a falta de apetite e controlar a ansiedade, 60% são contra seu uso sem controle médico. Entre os entrevistados, 18% conhecem pessoalmente alguém que utiliza a droga com fins medicinais; 64% são favoráveis a uma pesquisa financiado pelo governo para avaliar com precisão seus efeitos sobre a saúde; e 70% afirmaram que consideram a hipótese de consumir maconha se tiverem um quadro para o qual a cannabis trouxer algum tipo de alívio.
Discussões no Brasil
Medicamentos à base de canabidiol, um dos princípios ativos da maconha, são usados com sucesso em pacientes com epilepsia, mas têm que ser importados e são de preços elevados . A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa aprovou, em dezembro de 2017, relatório da senadora Marta Suplicy favorável à apresentação de um projeto de lei para a descriminalização da maconha para fins medicinais. Na ocasião, ela declarou: “já passou da hora de legalizar o cultivo da maconha para uso terapêutico. Cabe lembrar que, em audiência pública realizada na comissão, médicos, psicólogos, pedagogos e parentes de pessoas que fazem uso medicinal da planta relataram os benefícios terapêuticos do seu uso em caso de epilepsia e de autismo”.