A geração Z parece ter uma visão muito pragmática dos relacionamentos e estão fazendo menos sexo, apontam pesquisas. "Eles compreendem que poderão ter parceiros diferentes em diferentes épocas da vida [que] podem atender a necessidades diversas", segundo Julie Arbit, vice-presidente global de conhecimentos do grupo de comunicação Vice.
Sua pesquisa envolveu 500 participantes do Reino Unido e dos EUA (em sua maioria, da geração Z e millennials, com alguns participantes da geração X incluídos "para comparação") e concluiu que apenas um em cada 10 integrantes da geração Z afirma ter "decidido firmar compromisso".
Outros pesquisadores chegaram a conclusões similares. Segundo um estudo sobre a geração Z na Índia, 66% dos participantes aceitam que "nem todos os relacionamentos serão permanentes", enquanto 70% rejeitam uma "relação romântica limitadora".
Os pesquisadores e os membros da geração Z atribuem essa questão a dois fatores.
Primeiramente, essa geração está entrando na idade adulta em uma época particularmente delicada, marcada pela pandemia, mudanças climáticas cada vez mais sérias e instabilidade financeira.
Muitos acreditam que precisam atingir a estabilidade sozinhos antes que outra pessoa entre em cena.
E existe também o maior acesso a informações online sobre relacionamentos, que fornecem à geração Z a linguagem de que eles precisam para definir quem são e o que querem de um relacionamento que não comprometa sua identidade e suas necessidades.
"Eles são extremamente focados em si próprios", afirma Arbit, "e não porque estão sendo egoístas. Eles sabem que são responsáveis pelo seu próprio sucesso e felicidade e que precisam ser capazes de cuidar de si próprios antes de cuidar dos demais."