Segundo os laudos da perícia realizada pelo Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) e pelo Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo, apresentados nesta segunda-feira (4), os artefatos apreendidos com os manifestantes Fábio Hideki Harano e Rafael Marques Lusvargh em 23 de junho não eram explosivos, conforme aponta uma de suas acusações.
Ambos estão presos há 44 dias e respondem por associação criminosa, resistência, desobediência, incitação ao crime e porte de explosivos.
Essa última imputação foi motivada pela apreensão de dois objetos em específico: com Lusvarghi, foi encontrado um pote de Nescau que a polícia julgou se parecer com um coquetel Molotov, alegando ainda que o manifestante tentou “dispensá-lo”; Com Hidéki, um frasco de fixador de corantes em tecidos com um fio de nylon que os policiais temeram ser um pavio.
Na última sexta-feira (1º), o juiz Marcelo Matias Pereira decidiu manter os manifestantes presos, dizendo que “há depoimentos consistentes” que apontam que ambos carregavam “artefatos explosivos/incendiários”.