Pode até parecer que é exagero, mas há pacientes que tiveram Covid-19 que se queixam de queda de cabelo depois de passar pela infecção. O problema já foi percebido em aproximadamente 30% dos indivíduos com diagnóstico de infecção por coronavírus, podendo acometer homens e mulheres igualmente.
A queda de cabelo em grande quantidade conhecida como Eflúvio Telógeno, também é observada em doenças que, também, acometeram muitos brasileiros, caso da zika e chikungunya, outras viroses importantes que causam estresse fisiológico.
Segundo a dermatologista, Carla Nogueira, o eflúvio telógeno agudo ocorre devido a uma reação do organismo ao vírus, levando à alteração do ciclo capilar. “A fase anágena, ou estágio ativo, é a fase de crescimento dos fios no couro cabeludo, podendo durar de 2 a 4 anos, enquanto a fase telógena do ciclo capilar, é a fase de repouso, onde é normal a queda dos cabelos”.
O que ocorre nesses casos de infecção viral, é que mais fios entram na fase de repouso após a infecção viral, caindo em maior quantidade nos próximos 3 a 6 meses subsequentes ao quadro.
O eflúvio telógeno, nesses casos, é temporário e reversível e, mesmo realizando tratamentos nesse período, é preciso aguardar de 3 a 6 meses para que o ciclo capilar retorne para sua atividade normal.
Higiene é essencial nesse caso
A especialista orienta. “A higiene do couro cabeludo de forma frequente, com uso de xampus para cada tipo de cabelos, visando reduzir acúmulo de resíduos e evitar a oleosidade do couro cabeludo”.
Podemos utilizar formulações orais com o intuito de melhorar a estrutura dos novos fios que virão a nascer após o reestabelecimento do ciclo capilar, assim como a orientação de melhora do aporte nutricional dos pacientes através da melhora da alimentação, tudo isso sempre com o acompanhamento de um dermatologista de confiança.